Vagas para Economistas

Professor de Economia
 
Inscrições até 08/05/2024

DESCRIÇÃO DA VAGA
Estamos buscando um professor de economia para compor o nosso time.

Introdução à Economia
Curso Profissionalizante
Localidade Cachoeirinha
Horário das 19h. às 22h.
Enviar Currículo: j.pinto@terra.com.br

Como as micro e pequenas empresas reagiram à pandemia

 

Carlos Henrique Corrêa
Economista, Especialista em Gestão Financeira,
Valuation e Business Plan.
Corecon-RS Nº 6821

 

 

Como as micro e pequenas empresas se comportaram durante a pandemia?

Em sua grande maioria, as micro e pequenas empresas brasileiras tiveram problemas de caixa durante o período da pandemia. Isso porque as pessoas entraram em lockdown e, na maioria dos casos, passaram a consumir menos ou a deixar de utilizarem determinados serviços, o que acabou afetando direta ou indiretamente as micro e pequenas empresas. Exemplo disso é a pessoa que tinha um restaurante num ponto movimentado da cidade e teve que fechar as portas. Alguns se adaptaram a esse contexto, transformando o seu trabalho em uma atividade online e/ou delivery. No caso dos restaurantes, muitos não tinham delivery e viram nesse sistema uma alternativa de sobrevivência. Alguns desses começaram inclusive a faturar mais do que antes da pandemia. Ou seja, transformaram o limão em uma limonada. Só que, por outro lado, houve muitas micro e pequenas empresas que quebraram. E, para esses casos, para isso foi criado o Pronam, um programa do governo de auxílio aos pequenos empreendedores através de crédito do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES), a juros bem mais baixos. Esse foi um mecanismo que o governo achou para baixar as taxas de juros e baratear o crédito também.

Que tipos de empresas enfrentaram as maiores dificuldades nesse período?

As empresas que enfrentaram as maiores dificuldades foram aquelas que não conseguiram se reinventar e aproveitar as oportunidades que essa crise mostrou. Então, seja qual for o setor da empresa, a crise serviu como uma seleção natural. Eu vi várias empresas modificando sua forma de trabalhar e que, em função disso, acabaram saindo bem mais fortes dessa pandemia.

As micro e pequenas empresas tiveram mais facilidade no enfrentamento da pandemia?

Na realidade, uma das características que as micro e pequenas empresas têm em relação às empresas maiores é que elas são mais flexíveis. Elas não são tão engessadas. As suas decisões não precisam ser tomadas por um colegiado ou por um conselho de administração, por exemplo. O empreendedor vai lá, toma uma decisão e todo o processo funciona. Agora, do ponto de vista desses pequenos negócios, as dificuldades mais comuns foram se adaptar ao processo online, ao processo de vender por aplicativos, de entregar em casa, enfim. A maior dificuldade em si foi entender o processo, antecipá-lo e não deixar faltar dinheiro no caixa.

Que tipos de empresas sofreram menos impactos da pandemia?

Dois tipos de empresas sofreram menos impacto com a pandemia: as empresas que tinham caixa, ou seja, tinham uma reserva financeira, ou, mesmo, o crédito. Essas empresas puderam aproveitar a oportunidade e, em alguns casos, até comprar, por preços muito mais baixos, outras empresas que quebraram. E, também, aquelas empresas cujos setores foram favorecidos, como farmácias, empresas que trabalhavam com medicamentos, com higiene para outras empresas, na modalidade be to be. Estas, cresceram muito na pandemia. Da mesma forma, aquelas empresas que estavam preparadas para atender clientes na modalidade online, como lojas online, e também empresas do setor de alimentação, que tinham processo de delivery bem estruturado, ou bem validado, vamos dizer assim.

Quais as suas expectativas a partir de agora?

A minha principal expectativa em relação aos micro e pequenas empresas é que elas entendam que os relacionamentos digitais entre empresas e entre os fornecedores e os clientes finais, se tornou algo permanente. E quem souber jogar esse jogo de forma mais adequada e mais eficiente terá muitas vantagens, não apenas em ganho de mercado, em escala, mas, também, em termos de lucratividade e de otimização de processos.

Prêmio Paul Singer e o desenvolvimento local

Teresinha de Jesus Ferreira da Silva
Economista, Assessora Técnica da Secretaria de Planejamento
do Estado do Piauí, Conselheira do Cofecon
Corecon-PI Nº 101



Qual o objetivo do Prêmio Paul Singer?


O Prêmio Paul Singer foi criado para premiar atividades exitosas de economia solidária. O Prêmio traz o debate desta temática para nós, economistas e estudantes de economia, como uma área no mercado de trabalho que está ganhando força e criando oportunidades de trabalho. A economia solidária tem grande potencialidade de expansão, principalmente porque hoje, com mais de 12 milhões de desempregados no Brasil, apresenta-se como alternativa para minimizar as desigualdades sociais e regionais e gerar renda para a população, que está fora do mercado de trabalho. Temos que ter um olhar diferente para a economia solidária. Por isso que o Cofecon lançou o Prêmio. Para fortalecer essa temática dentro das universidades. Enfim, o Prêmio Paul Singer tem o objetivo de divulgar empreendimento solidários que estão mudando a realidade local, ou seja, provocando desenvolvimento local.

Por que o uso do termo “As Boas Práticas Acadêmicas”?

Porque precisamos valorizar e difundir o que está dando certo, que está provocando desenvolvimento local. O Prêmio está voltado para programas de extensão das universidades e incubadoras, que está fortalecendo o tripé inovação, teoria e prática, fortalecendo os empreendimentos de autogestão. E, enfim, precisamos avaliar o resultado dessas boas práticas que transformaram uma realidade, ou estão transformando, e disseminar essas ações no Brasil.

A que público o Prêmio é dirigido?

O Prêmio Paul Singer tem como público alvo economistas, alunos de economia e alunos de outras áreas afins. Dada a especificidade da economia solidária, as equipes que desenvolvem ações nesta área geralmente são multidisciplinares. Portanto, podem envolver profissionais e alunos da geografia, sociologia, enfim, da área de humanas. Entretanto, vale salientar que as equipes devem ter 50% de alunos de Economia.

O Prêmio possui duas categorias, a Incubação de |Projetos e o Assessoramento de Projetos. Qual a diferença entre eles?

No Prêmio, estamos avaliando dois tipos de projetos. A incubação de Projetos são ações inéditas de economia solidária, não iniciadas, mas que já têm seu plano de negócio elaborado. Portanto, vamos avaliar o Plano de Negócios, qual o impacto que se espera, os objetivos e indicadores desse empreendimento. Vamos avaliar uma proposta voltada para a economia solidária. Já, o assessoramento de projetos são ações já realizadas, ou em andamento, com resultados, ou seja, já podemos avaliar o impacto na comunidade e nas pessoas que fazem parte.

Qual a premiação que será distribuída aos vencedores?

No prêmio Paul Singer, na categoria incubação de projetos, o primeiro colocado será premiado com R$ 4 mil reais, tendo em vista que estamos avaliando um plano de negócios, ou seja, o projeto está iniciando. Já a categoria assessoramento de projetos, o primeiro colocado receberá R$ 6mil reais, tendo em vista que já tem resultado e impactos na comunidade. Ao todo, serão R$ 10 mil em prêmios. Ao segundo e terceiro colocados de cada categoria, o Cofecon entregará menção honrosa, valorizando, assim, o trabalho realizado. O prêmio Paul Singer é uma iniciativa inédita. É o primeiro ano que está sendo implementado, e as inscrições vão até o dia 01 de julho. Temos uma página no sítio do Cofecon para receber as inscrições. Acessem!

Conhecendo a Perícia Econômico-Financeira

Gustavo Raupp

Economista, Perito Judicial, 
Conselheiro do Corecon-RS e 
Coordenador da CAAPE
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Corecon-RS Nº 5658 



Sobre o que trata a Perícia Econômico-Financeira e quais as áreas de atuação?

O termo “Perícia”, vem do termo em latim “peritia” e tem o sentido próprio de “conhecimento”, “experiência”. E a nossa atuação nada mais é do que disponibilizar este conhecimento e esta experiência nas demandas judiciais, seja atuando como um auxiliar do juiz, seja como auxiliar nas partes. Atuamos em relações extrajudiciais e em ambos os casos, que envolvam a necessidade desse conhecimento técnico, de exigência de um perito, para gerar provas ou quantificar esta demanda judicial. Especificamente, atuamos em diversas áreas, como, por exemplo, a apuração de haveres, cálculos trabalhistas, revisionais de contratos de uma maneira geral, família, e outras atividades demandadas pela justiça estadual, federal e de falências.

Quais atividades a Perícia Econômico-Financeira realiza?

No que diz respeito às provas, o perito econômico-financeiro realiza exames em documentos e diligências, sempre com o intuito de gerar as provas para elucidar a lide, independentemente da parte que estejamos atuando. Também, sobre a quantificação desta demanda judicial, nada mais é do que efetuarmos cálculos. Os cálculos na realidade traduzem as sentenças dadas pelos juízes em valores monetários. Essa é outra atividade que nós realizamos. E também, em relação às perícias extrajudiciais, buscamos a quantificação para defesa das teses. Não só a quantificação, mas a geração de prova também, para auxiliar as teses que estão sendo defendidas pelas partes.

E qual a função de um perito?

Eu diria que aproximadamente 95% dos processos judiciais utilizam a ferramenta da perícia, seja ela a perícia econômico-financeira, ou seja ela de engenharia, medicina, criminal. A perícia é uma ferramenta usual nos processos judiciais. Então, a função do perito nada mais é do que auxiliar tecnicamente as partes envolvidas e o judiciário. Esta é a função básica, pois, se percebermos, as partes e o judiciário não têm esse conhecimento técnico.Portanto, cabe a nós, como auxiliares dessas partes, colaborar com nosso conhecimento, adquirido com experiência profissional ou acadêmica.

Além do conhecimento adquirido no curso de Ciências Econômicas, é necessário algum tipo de conhecimento para atuar nessa área?

Legalmente não há esta necessidade de uma formação além do próprio curso de Ciências Econômicas. Porém, entendo que seja interessante, sim, uma especialização na área. Seja por conhecimento profissional ou acadêmico. O curso de Ciências Econômicas é muito rico em informações. Ele nos traz uma gama muito grande de conhecimentos. Porém, entendo que o Curso propriamente dito não tem uma unidade curricular que trate diretamente de perícia, mas sim uma soma de experiências que se tem em cada unidade curricular, em cada cadeira. A soma de todo esse aprendizado do Curso é que oferta, como a atuação na área de perícia, um conhecimento bastante consistente.

Onde pode ser encontrado mais conteúdo e informação para se qualificar na área?

Esta formação normalmente tem cursos livres, pontuais, ou, também, em pós-graduação, em quantidades até razoáveis no mercado. Penso que seja de fundamental importância ter um planejamento da carreira. E no que diz respeito especificamente ao perito econômico-financeiro, creio que a qualificação começa pelo conhecimento de causa. É muito importante saber e ter conhecimento da área que se vai atuar. Ou seja, nós devemos ser especialistas e não generalistas. E a partir daí, para poder se qualificar. É necessária uma definição dessa área que se quer atuar. Um exemplo que eu gosto de utilizar é que para atuar numa área bancária o profissional tem que ser um expert em matemática financeira. Essa qualificação tem que ser induzida de acordo com a área que se quer atuar. E alguns outros conceitos, que aí independem da área, mas requerem alguma qualificação. Nós temos um conhecimento dos trâmites processuais, da área do direito, principalmente no que diz respeito a interpretações dessas leis. E, por força dessa interpretação e de que todo nosso trabalho é feito de forma escrita, é necessário o domínio da língua portuguesa. Então, quando eu digo conhecimento de trâmites, domínio da língua portuguesa, interpretações de leis, não estou falando que devemos fazer um curso de direito, mas que devemos ter uma certa fluência nisso. A interpretação de texto é de fundamental importância na área da perícia, sendo, portanto, da mesma forma, essencial uma qualificação nesta área.

Qual a sua expectativa para o futuro do economista nessa área? 

Nós vimos atuando de forma muito intensa, com o intuito de divulgar a profissão. A Comissão de Auditoria, Avaliação e Perícia Econômico-Financeira (CAAPE), uma pasta de trabalho do Conselho de Economia, vem atuando muito fortemente com o intuito de regulamentar a profissão junto às procuradorias dos municípios, do Estado, junto às empresas, ao Judiciário e à sociedade de uma forma geral, para que consigamos garantir e ampliar nosso espaço. Claro que esta questão de futuro da profissão passa também sobre a concorrência, por políticas governamentais, no que diz respeito à legislação e à política do Judiciário. Significa dizer que existe uma dependência e uma correlação bem grande neste sentido. Mas eu julgo que é uma área que demanda mão de obra e com um futuro ainda bastante promissor. Nós já tivemos mais barreiras por conta de um desconhecimento de quem atua na área jurídica, sobre a área de atuação do economista perito. No passado, houve uma atuação forte de outros conselhos e hoje conseguimos consolidar nossa atuação e não só no Rio Grande do Sul, mas no Brasil inteiro. 

Quais dicas você daria para novos e futuros economistas com interesse na Perícia Econômico-Financeira?

Sabendo que o mercado é bastante competitivo, a primeira dica é ter persistência. Num mercado competitivo, sem persistência não vai conseguir entrar. E, a partir do momento em que esta oportunidade aparecer, o seu conhecimento de causa se faz extremamente importante, no sentido de que você deve suprir a carência do advogado ou do juiz, no que diz respeito às questões técnicas. Aí, a partir do momento em que você tem sucesso nisso, certamente o mercado vai começar a se abrir. E outra dica que eu considero muito importante é ter “networking” nessa área, que é por onde se começa a abrir os horizontes. Então, é insistir até aparecer uma chance na área, além, é claro, da boa rede de relacionamentos.

Com um olhar no South Summit

Clovis Meurer

Economista, superintendente da
CRP Participações, ex-presidente
do Corecon-RS, conselheiro do Cofecon,
especialista em Private Equity e Venture Capital.


Qual a importância, para a cidade e para o RS, de eventos como o South Summit, ocorrido em Porto Alegre?

O South Summit Brasil, realizado nos dias 04, 05 e 06 de maio último, no Cais Embarcadero, em Porto Alegre, já foi objeto de ampla divulgação, e repercutiu positivamente para todos os setores da sociedade que se envolveram, como governo, academia, imprensa, empresários e, principalmente, para uma geração de empreendedores, ávidos por mostrar seus projetos com inovações, de forma que pudessem interessar a um mercado consumidor e a convencer investidores. Foi, sem dúvida, um marco para a cidade de Porto Alegre e para o Estado do RS.

De que forma esta edição do South Summit pode servir como um divisor de águas na área da inovação?

A estatística impressiona, tanto pelo número de participantes, painelistas e palestrantes, como pelas inovações apresentadas, vindas das mais diversas regiões do Estado, do Pais e do exterior. Porto Alegre e região já têm excelentes ambientes de negócios, centros tecnológicos, hubs de inovação, etc. Mas o South Summit 2022 foi um divisor de águas, colocando a cidade e a região como um centro mundial para atrair mais ciência, tecnologia, criação e processos colaborativos nos negócios, não só com as startups mas com os mais diversos portes de empresas e setores da economia.

Quais as consequências dessa iniciativa no meio profissional da Economia?

Para os economistas abre-se um mercado ainda maior de trabalho, de participação em projetos, em organização de negócios, discussões da viabilidade dos empreendimentos, avaliações e retornos dos investimentos, quer financeiros, quer de conhecimento, educação e bem estar da sociedade. Por último, cabe destacar que os três dias de muita energia positiva do evento foram turbinados pelo local utilizado do Cais Mauá - ainda não 100% - mas com um Guaíba ao lado, que agradou e inspirou a muitos participantes. Parabéns a todos envolvidos!

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