Valorize as Leis do Marketing

É um equívoco imaginar que o Marketing é sinônimo de Propaganda Enganosa, para tirar vantagens com “jogadas” irresponsáveis e mentirosas.

No “ Marketing Mix”, a comunicação digital, pode ser incluída, de acordo com a ética e os bons costumes, evitando-se abordagens indevidas de conteúdos, muitas vezes sem regras éticas e comportamentos sociais adequados.

Para os pesquisadores e profissionais da Arte e da Ciência do verdadeiro Marketing reagem através das boas práticas, conceitos, estratégias, táticas e operações para atrair atenções, captar e manter clientes nas relações mais duradouras possíveis.

Se possível, eterna. Logo, a relação “ ganha-ganha” é fundamental, porque se houver a relação “ ganha-perde” a tendência é “ perde-perde” acabando com o relacionamento.

A evolução do Marketing, segundo a sua maior autoridade do mundo Philip Kotler vem evoluindo em Eras :
Marketing 1.0 - no qual foi totalmente voltado ao produto;
Marketing 2.0 - voltado ao consumidor;
Marketing 3.0 - centrado aos valores humanos;
Marketing 4.0 - ênfase no mercado digital e o mais atual;
Marketing 5.0 - voltado ao bem-estar humano e soluções tecnológicas.

Nos meus livros, palestras e mentorias lembro das 22 Leis do Marketing, criadas em 1993, por dois famosos especialistas em estratégias: Al Ries e Jack Trout.

Segundo os autores, as 22 Consagradas Leis são:
1. A Lei da Liderança ( Melhor ser o primeiro do que ser o melhor);
2. A Lei da Categoria ( Se não puder ser o primeiro em uma categoria, estabeleça um nova categoria em que seja o primeiro);
3. A Lei da Mente ( É melhor ser o primeiro na mente do que o primeiro no mercado);
4. A Lei da Percepção ( O Marketing é uma batalha de percepção);
5. A Lei do Foco ( É representar uma palavra na mente);
6. A Lei da Exclusividade ( Duas empresas não podem representar a mesma palavra na mente);
7. A Lei da Escada ( A estratégia a adotar depende do degrau ocupado na escada);
8. A Lei da Dualidade ( Com o tempo, o mercado transforma-se em uma corrida com dois concorrentes);
9. A Lei do Oposto ( A estratégia de quem está almejando o segundo lugar é determinada pelo líder);
10. A lei da Divisão ( Com o tempo, a categoria se divide e se transforma em duas ou mais categorias;
11. A Lei da Perspectiva ( Os efeitos do Marketing ocorrem por um período prolongado);
12. A Lei da Extensão de Linha ( Há uma pressão irresistível para estender o patrimônio líquido da marca);
13. A Lei do Sacrifício (Para conseguir alguma coisa é preciso desistir de outra coisa);
14. A Lei de Atributo ( Para cada atributo, há um atributo oposto, igualmente eficaz);
15. A Lei da Sinceridade ( Quando admitimos um ponto negativo, o cliente em perspectiva nos dá um positivo);
16. A Lei da Singularidade ( Em cada situação, apenas um único movimento produz resultados substanciais);
17. A Lei da Imprevisibilidade ( Sem prever os planos dos concorrentes, é impossível prever o futuro);
18. A Lei do Sucesso (Com frequência, o sucesso leva à arrogância e a arrogância ao fracasso);
19. A Lei do Fracasso ( Deve ser esperado e aceito);
20. A Lei do Alarde ( Com frequência, a situação é o oposto da maneira como aparece na imprensa);
21. A Lei da Aceleração ( As bases são as tendências);
22. A Lei de Recursos ( A ideia que não tiver fundos suficientes não decolará).

Acredita-se que no século XXI, as Leis do Marketing estão válidas para produtos, empresas, entidades, eventos, hotelaria e turismo.

Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões. Podem ser úteis.
Pensem nisso.

Feiras para contatos e negócios

São milhões de pessoas que aguardam estas feiras para conhecerem os lançamentos de novos bens e/ou serviços apresentados pelas empresas do setor. Os compradores interessados nos produtos atuais e nos lançamentos agendam visitas e entrevistas com os vendedores. Geralmente, são ávidos para conhecerem as tendências e os desempenhos dos setores. Nas principais feiras de negócios, os organizadores convidam a imprensa especializada, formadores de opinião e os tomadores de decisões para contribuírem na promoção, divulgação e análise da oferta, gerando testemunhos e veiculações de textos, audiovisuais nos mais diversos meios de comunicação. É um grande trabalho de relações públicas.

Segundo as estratégias de vendas das empresas, as Feiras de Negócios podem ser focadas ao público final consumidor (B2C – Business to Consumer) ou para empresas (B2B – Business to Business) integrantes do sistema da distribuição definida. Existem feiras que combinam o B2B com o B2C, quando abrem seus acessos aos públicos residentes nos últimos dias. Convém salientar que, para muitos profissionais, as feiras de negócios são as mais eficientes possibilidades para o marketing de relacionamento e para a comercialização nos mercados. Além disso, também podem ser consideradas patrimônios comunitários fortalecendo a economia local e apoiando o desenvolvimento cultural e social.

Durante os eventos, são injetados recursos financeiros passando obrigatoriamente pelos serviços disponíveis, principalmente nos transportes utilizados, alimentos e bebidas e hospedagens, completados com outros serviços do bem receber. É óbvio que essas feiras estão cada vez mais profissionalizadas e com utilizações de avanços tecnológicos apoiando os contatos humanos.

Ainda são distribuídos materiais gráficos, incluindo cartões pessoais. Entretanto, já são destaques as utilizações de ferramentas tecnológicas como óculos da Realidade Virtual (RV) e da Realidade Ampliada (RA) e o aumento de utilizações e demonstrações com robôs e da Inteligência Artificial (IA). Entretanto, degustações da gastronomia típica, peças artesanais, expressões artísticas culturais incluindo músicas e danças, ainda conseguem atrair visitantes, principalmente nas Feiras de Negócios compatíveis com as propostas das empresas e da atmosfera mercadológica adequada. É o pensar global, com ação local, também conhecido como “Glocal”. Será? Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

Abdon Barretto Filho
Economista e Mestre em Comunicação Social
www.peloscaminhosdoriogrande.com.br

 

 

Despesas por funções de governo contraria o senso comum

As funções de governo, cujas despesas mais crescem e que têm maior participação na despesa pública não são as do senso comum. Os gastos que avultam a despesas nacional estão nas funções sociais. Poderão dizer, então não é problema distribuir R$ 53 bilhões mais R$ 4,9 bilhões para emendas parlamentares e fundo eleitoral? É um grande problema, porque essa soma (R$ 57,9 bilhões, corresponde quase 0,6% do PIB. E, em termos absolutos daria para atender muitas outras funções.

Ela corresponde às dotações orçamentárias para 2024 de 28 órgãos federais, somados, ou 55% de todos deles. Corresponde, ainda, à soma das dotações de 13 órgãos de elite, como Senado, Câmara Federal, STF, Superior Tribunal de Justiça, TCU, Banco Central, entre outros. Serviria também para duplicar a dotação para transporte, com grande queda em todos os entes federados, conforme será visto adiante. A bem da verdade, diga-se de passagem, que nem todo o valor das emendas é inútil, no entanto, é aplicado sem o rigor que se exige da boa gestão dos recursos públicos, prestando-se a desvios, malversação e outros males que soem ocorrer na ausência de controle.

Vamos aos dados:

Das 28 funções nacionais, selecionamos 11, o correspondente a 98,1% da despesa pública nacional, que aumentou em termos reis 20,5% ou 1,6% anuais nos últimos 12 anos entre 2010 e 2022. Destacamos que essa variação é em função do deflator implícito do PIB, que aumentou 16% acima da variação média do IPCA. Se fosse pelo IPCA, tal variação seria próxima a 40%. Mas como comparamos com o PIB em alguns casos, preferimos adotar o deflator.

leia completo em financasrs.com.br

Por Darcy Francisco Carvalho dos Santos, Economista e Bel. em Ciências Contábeis.

Contas federais em novembro/2023 - grande desequilíbrio entre receitas e despesas

No mês de novembro, o resultado do Tesouro Nacional foi negativo de R$ 39,4 bilhões, R$ 24,6 bilhões, superior a igual mês do exercício anterior, quando alcançou R$ 14,7 bilhões, também negativos

Já no acumulado do ano, o déficit foi de 114,7 bilhões, com um crescimento de 164,3 bilhões, já que em igual período do exercício anterior ele fora positivo de R$ 49,6 bilhões. Deve se destacado que em setembro foi incluída uma receita de R$ 26 bilhões que não era primária. Não fosse isso, o déficit estaria em R$ 140 bilhões.

Veja a tabela e o material completo em financasrs.com.br

Por Darcy Francisco Carvalho dos Santos, Economista e Bel. em Ciências Contábeis.

Orçamento federal para 2024 nada animador: Emendas e fundo eleitoral igual à soma de 55% dos órgãos federais

O orçamento federal para 2024 é de R$ 5,4 trilhões. Ele corresponde a 48,1% do PIB. Quase a metade dele é formada por dívidas (refinanciamentos e novas operações de crédito). A receita efetiva, a que fica com a União, é R$ 2.258 bilhões ou 42,3% do total, depois da dedução das transferências aos entes subnacionais (10,1%).

Para um total de despesa com a dívida de R$ 2,563 trilhões, 67,7% serão pagos por rolagens, 27,1% por novas operações de crédito e apenas 5,2% com recursos próprios, que são receitas eventuais, como remuneração das disponibilidades do Tesouro; alienação de bens e amortização de empréstimos, entre outras.

Os juros deverão ser R$ 649 bilhões ou 29% superior a 2022. As operações de crédito, ao passarem de R$ 1,558 trilhões em 2022, para R$ 2,431 trilhões em 2024, terão um aumento de R$ 873 bilhões ou 56%, em dois anos. São praticamente todas para pagar a dívida.

O resultado primário está previsto em R$ 2,8 bilhões, com uma grande queda em relação a 2022, que já foi baixo, quando alcançou R$ 54,9 bilhões. Há, no entanto, indicativos de déficit bastante significativo. Não havendo superavit, a dívida continuará crescendo.

A dívida líquida do setor público passou de 57,1% do PIB em dezembro/2022 para 60,0% em setembro/2023. No mesmo período a Dívida Bruta do Governo Geral passou de 72,9% para 74,4% do PIB.

Do orçamento federal 63,5% são da Seguridade Social, sendo 41% Previdência; 12,4% Desenvolvimento Social e Combate a Fome e 10,1% Saúde.

A Justiça Eleitoral, com uma dotação de R$ 11,8 bilhões; e com 0,52% do total, deve estar inflada com R$ 4,9 bilhões do fundo eleitoral.

Segundo a imprensa, serão canalizados para as emendas parlamentares R$ 53 bilhões e mais R$ 4,9 bilhões para fundo eleitoral, totalizando R$ 57,9 bilhões. Isso é igual às dotações para 28 órgãos federais (55%) somadas. Outro dado estarrecedor é o fato de a soma das dotações para 13 órgãos de elite, tais como Senado, Câmara Federal, STF, Superior Tribunal de Justiça, TCU, Banco Central, entre outros, ser de R$ 45,2 bilhões. A soma das duas anomalias citadas (emendas e fundo eleitoral), se fosse um órgão, ficaria em oitavo lugar entre os 51 constantes do orçamento para 2024, igual ao Ministério do Transportes.

Isso é o absurdo dos absurdos, uma situação dessas não pode perdurar. Os senhores parlamentares que me desculpem, não estão pensando no Brasil, que caminha a passos largos para a derrocada.

Por Darcy Francisco Carvalho dos Santos, Economista e Bel. em Ciências Contábeis.

Confira o estudo completo em financasrs.com.br

 

Festuris Gramado completa 35 anos

Realizado em Gramado, entre 9 e 12 de novembro, é considerado um dos mais importantes eventos sobre o fenômeno turístico no mundo, atuando no segmento B2B (“business to business” - “de empresa para a empresa “), utilizando o modelo internacional de exposições, palestras e mentorias.

Os expositores apresentam mais de 2,5 mil marcas, com 40 destinos turísticos nacionais e internacionais.

Para o Turismo Receptivo do Rio Grande do Sul, são boas oportunidades para a promoção e divulgação da Marca RS Turismo, incluindo as 27 Regiões Turísticas que representam 371 Municípios Turísticos.

Ainda como destaque, o lema do evento é o Capital Humano: a chave da transformação, destacando a importância do relacionamento profissional e pessoal de cada um que participa do mercado de bens e/ou serviços turísticos.

Convém destacar que o Festuris comprova o pioneirismo, competência, profissionalismo, iniciado por duas empreendedoras Marta Rossi e Silvia Zorzanello ( in memoriam).

Atualmente, as conquistas são ampliadas pelos trabalhos coordenados pela Marta Rossi e o Eduardo Zorzanello e uma uma equipe de profissionais, reconhecidos por todos pelo atendimento profissional destacando as palavras, incluídas nas comunicações dos seus organizadores: “amizade” e o “juntos” sempre em frente.

Gentileza gera gentileza e no Festuris a comprovação está em cada momento da verdade durante o evento, mantendo o clima organizacional das suas fundadoras.

Na realidade, os eventos de negócios podem ser considerados excelentes ferramentas de mídia presencial.

São locais preferidos para os profissionais da Economia do Turismo e do Marketing Turístico,entre outros, interessados no desenvolvimento sustentável e na busca do bem estar e felicidade para todos.

Anualmente, o evento é transformado em encontros para realizações de negócios e celebrações na esperança dos dias melhores, incluindo a paz mundial.

O Turismo contribui para o entendimento da população mundial, respeitando as civilizações, as culturas, as histórias e o meio ambiente com sustentabilidade ambiental, social e econômica do nosso planeta.

Será ? Respeitam-se todas as opiniões.

São reflexões. Podem ser úteis. 

Pensem nisso.

Abdon Barretto Filho
Economista e Mestre em Comunicação Social
www.peloscaminhosdoriogrande.com.br

 

Quando o Gestor precisa de Consultoria?

Existem empresas e entidades que possuem profissionais qualificados e não precisam de Consultores. Também, existem empresas e entidades que não querem Consultores por diversos motivos, incluindo a falta de conhecimento do ramo de atividade e até atitudes arrogantes demonstradas durante os diagnósticos, não valorizando os conhecimentos dos seus fundadores.

Nas experiências acadêmicas e profissionais, são realizados diagnósticos nos mais diversos tipos de empresas, incluindo microempresas, pequenas, médias e multinacionais, assim como destinos turísticos.

Os diagnósticos nas entidades envolvem voluntários comprometidos com suas respectivas causas, facilitando os serviços.

Convém salientar que o Gestor principal deve acompanhar e participar do diagnóstico, porque algumas vezes identifica problema desconhecido.

Os trabalhos são facilitados quando os Gestores solicitavam os serviços profissionais e confiam nas soluções propostas. Para eles, o respeito aos seus valores, sua missão, visão e suas experiências não podem ser esquecidas. São fundamentais as adaptações de modelos internacionais às realidades locais, incluindo a cultura organizacional.

As ferramentas tecnológicas ajudam. Mas, não resolvem todos os problemas organizacionais.
As realidades são diferentes para os diversos tipos e tamanhos de empresas, principalmente na cadeia produtiva do fenômeno turístico. Existem envolvimentos dos seus gestores e familiares, seus sonhos e esperanças vinculados às suas agências de viagens, empresas de eventos, meios de hospedagens, restaurantes, entre outras.

Durante os exercícios em funções públicas governamentais, as dificuldades para adaptações são maiores devido às variáveis políticas e à burocracia exigidas. Ainda existe a possibilidade de o Gestor não querer e não aceitar as sugestões para resolver problemas diagnosticados.

Afinal, quem precisa de Consultor?

Em primeira instância, o Consultor é contratado para resolver problemas que estão dificultando o desenvolvimento da organização econômica com ou sem fins lucrativos.

O Consultor sempre busca diagnosticar os problemas, para elaborar prognósticos com soluções viáveis, inclusive para melhorar o desempenho ou encontrar saídas do mercado que está atuando.

O Consultor não é o gestor. O Consultor pode realizar diagnósticos internos ou externos.

Na consultoria interna pode ser contratado como colaborador.

Na consultoria externa, é elaborado um contrato para determinado período visando resolver problemas em algumas das seguintes áreas funcionais: estratégia; gestão administrativa; gestão de pessoas; gestão financeira; operação; marketing, incluindo relacionamentos com seus públicos (clientes, colaboradores, proprietários, fornecedores, governos); vendas; tecnologia, entre outras.

Na realidade, os serviços de consultorias podem contribuir com os proprietários e gestores na constante busca da sustentabilidade: ambiental, social e econômica. É um trabalho profissional altamente qualificado, onde as experiências dos consultores contratados podem contribuir nas buscas de bons resultados. Será?

Respeitam-se todas as opiniões contrárias.
São reflexões. Podem ser úteis.
Pensem nisso.

Abdon Barretto Filho
Economista e Mestre em Comunicação Social
www.peloscaminhosdoriogrande.com.br

Atrativos Culturais, Religiosos e Turísticos

O fenômeno turístico é transversal e sistêmico. Pode integrar vários sistemas e realizar trocas com outras ciências e atividades. Para realizar o Diagnóstico do Destino Turístico é indispensável que seja pesquisado o Inventário dos aspectos geográficos, históricos, culturais, equipamentos e serviços. Em continuação, poderá ser estruturada a oferta turística, definindo quais os aspectos que são capazes de atraírem visitantes e de acordo com o desenvolvimento sustentável do núcleo receptor, principalmente a comunidade.

Convém destacar que a cidade será boa para visitar se é boa para morar. Algumas cidades, não estão preparadas para ingressarem no mercado do turismo e da hospitalidade. Outras cidades não querem o desenvolvimento sustentável através do fenômeno turístico, porque seus líderes políticos, comunitários e empresariais preferem outras opções. Ainda existem cidades que possuem atrativos e faltam lideranças e investimentos para o desenvolvimento do fenômeno turístico.

Outro destaque é a visão de curto prazo, assim como a ignorância pluralista que invalida as ações realizadas por interesses políticos, ideológicos e pessoais, não permitindo a continuidade do trabalho realizado. Naturalmente, repetem planos, projetos de interesses dos neófitos políticos e burocratas deslumbrados com os cargos e funções que ocupam. Alguns esquecem as suas datas de validades profissionais definidas: próximas eleições. Convém salientar que para estruturar a oferta turística é indispensável o somatório dos aspectos citados e, em sequência, delimitar o produto turístico para ser oferecido ao mercado. Nós estamos em uma Economia de Mercado e a geração de emprego, renda, impostos e autoestima devem ser ampliados com os recursos deixados pelos visitantes que foram atraídos pelos atrativos culturais, religiosos, entre outros, fortalecendo o fenômeno turístico com planejamento e gestão competentes e profissionais. Os exemplos estão disponíveis com Destinos, Rotas, Roteiros, no Brasil e no exterior que desenvolvem produtos turísticos há 20, 30, 40 anos ou mais, mantendo Políticas Públicas, Investimentos, Promoção e apoio à Comercialização para atraírem visitantes. Sem Planejamento e Gestão podem gerar problemas (“ over tourism”) e com a ciência aplicada pode-se alcançar uma série de índices de qualidade de vida. Os segmentos do Turismo Cultural e do Turismo Religioso são bons exemplos no Turismo Receptivo em todo o planeta.

É importante destacar que Planejar, Organizar, Dirigir e Controlar são verbos profissionais que apoiam os verbos do fenômeno turístico: Transportar, Visitar, Comer, Entreter, Comprar e Dormir em outro local diferente da residência habitual. Lembrando que a soberania do consumidor e as estratégias de comunicação integrada podem determinar os sucessos ou fracassos das iniciativas. Será?

Respeitam-se todas as opiniões contrárias. São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.

Abdon Barretto Filho – Economista e Mestre em Comunicação Social

Arcabouço fiscal: sem contenção de despesa não há solução

O arcabouço fiscal, quando aprovado, porá fim ao teto de gastos, que apresenta uma forte rigidez, limitando o crescimento da despesa à variação do IPCA do ano anterior, o que, de fato, impõe muitas restrições à gestão pública, devido ao crescimento real automático de muitos itens de despesa, especialmente aqueles sujeitos ao crescimento vegetativo.

O arcabouço estabeleceu um limite para crescimento da despesa entre 0,6% e 2,5%, o que é muito difícil de cumprir, diante das pretensões do governo de conceder aumentos reais ao salário mínimo, que remunera mais de 24,7 milhões de beneficiários do INSS, que apresenta grande crescimento vegetativo. Para os servidores federais, embora em quantidade muito menor, também foram prometidos aumentos reais e também têm crescimento vegetativo. Somente esses dois itens devem proporcionar uma variação real limite de 2,5%.

Estabeleceu ainda o arcabouço que a despesa deverá aumentar 70% da variação real da receita do ano anterior, reduzindo para 50% no ano seguinte, no caso de não atingir a primeira condição. Ora, levando-se em consideração que em 25 anos, entre 1991 e 2016 (em 2017 foi adotado o teto de gastos), a despesa cresceu, em média, 0,4 pontos percentuais anuais acima da variação do PIB, fica difícil acreditar que de agora em diante vai crescer apenas 70% da receita, cuja variação deve acompanhar a do PIB no longo prazo. Ainda mais, levando-se em consideração que houve variadas iniciativas tendentes a aumentar a despesa, entre elas, a criação de 14 ministérios. Para ler o texto completo, clique no link: https://encurtador.com.br/bkAD0

Se o equilíbrio for buscado no aumento de receita, o principal tributo, o Imposto de Renda, tem 50% de seu valor compartilhado com os demais entes federados e fundos regionais; e, se incluirmos as vinculações, restam 41%. Com isso para eliminar R$ 100 de déficit é necessário aumentar a arrecadação em R$ 244 (100/0,41), portanto 2,4 vezes o déficit a ser eliminado. Deve ser destacado que é no imposto citado que o governo deverá buscar aumento de arrecadação.

Darcy Francisco Carvalho dos Santos, Economista e Bel. em Ciências Contábeis. Leia completo aqui.

O economista no século XXI

O progresso técnico e a revolução digital, ao mesmo tempo em que destroem empregos, também os criam. Neste contexto, as universidades precisam estar atentas para que os novos ferramentais sejam incorporados nas suas disciplinas. O curso de Ciências Econômicas é um desses em que mudar é preciso. A prova disso é a proliferação de cursos de Ciência de Dados, um conhecimento que, em tese, deveria ser uma vantagem comparativa do economista.

A Economia é a ciência que estuda escolhas. Para tanto, ela combina teoria com empirismo. Do ponto de vista prático, isso significa que os alicerces de um bom economista devem ser três: teoria da escolha racional, econometria e programação com ênfase em banco de dados. O primeiro dos três é a ideia de que, ao escolher, as pessoas enfrentam dilemas, precisam pesar custos e benefícios e, portanto, respondem a incentivos.

Essa percepção é importante para um “cientista de dados”, pois ele precisa compreender que dados observacionais são resultados de escolhas individuais. Essas escolhas podem estar associadas a características pessoais, as quais podem fazer toda diferença para o problema em questão. Ignorar isso pode nos levar a conclusões erradas através da leitura ingênua de dados como, por exemplo, a de que ir ao hospital faz mal à saúde (afinal, quem foi ao hospital tem, em média, uma saúde pior do que quem nunca foi).

O fato de que o “big data” observado é resultado de escolhas exige uma sofisticação estatística para que ele seja analisado. Entram aí os métodos econométricos que buscam identificar efeitos causais e gerar previsões úteis para tomada de decisão. É aí que o terceiro pilar aparece como fundamental. Noções de programação (Python, Sql etc.) são vitais para que o economista possa trabalhar com grandes bases de dados.

O futuro do economista, contudo, não se esgota aqui. Como a inteligência artificial se integrará no repertório do economista? A discussão é interessante e é por isso que o Conselho Regional de Economia do RS está organizando um evento para discutir esses e outros temas. O V Encontro de Economia ocorrerá no dia 12 de agosto na Assembleia Legislativa. As transformações tecnológicas que estamos vivendo estão modificando o mundo do trabalho e os economistas não podem se abster desse debate.


Guilherme Stein, presidente do Conselho Regional de Economia do RS 

Página 1 de 21