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Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
LOJAS RENNER
Inscrições internas até 15/04

DESCRIÇÃO DA VAGA
Estamos buscando uma pessoa Analista de Planejamento e Performance para compor o nosso time.

REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES
  • Formação Completa em Engenharias, Economia, Contabilidade e Administração;
  • Capacidade analítica e de resolução de problemas;
  • Capacidade de síntese e de preparação de materiais executivos;
  • Domínio de Excel e Power point;
  • Familiaridade com Power BI.
 

Exportações gaúchas e cenários nada promissores

 

lelis

 

Marcos Tadeu Caputi Lelis
Economista, professor da Unisinos
Corecon/RS Nº 7589

 

Quais as expectativas do cenário internacional?
Em termos de expectativa de crescimento e de renda, o cenário internacional vem passando por um processo de ajuste. No que diz respeito ao comportamento da renda, o mercado acabou sofrendo um forte ajuste nos preços das commodities, especialmente em função da desaceleração da economia chinesa, que acabou gerando toda uma reorganização do mercado de commodities, com reflexos muito fortes nas economias dos países em desenvolvimento. Estamos vendo, por exemplo, o crescimento da renda dos países latino-americanos desacelerando, a da África, e, mesmo, da Ásia, que também vem entrando num mesmo processo de desaceleração do crescimento de sua renda. Ao mesmo tempo, não se tem certeza da retomada do crescimento econômico dos EUA, ou, da Europa, com a manutenção das incertezas.

Quais as consequências desse comportamento para a economia do Rio Grande do Sul?
Como as exportações do Rio Grande do Sul são compostas por uma parcela muito grande de produtos primários — praticamente 47% da pauta em 2015 —, e, ao mesmo tempo, estamos tendo uma desaceleração da renda dos nossos vizinhos da América Latina, região demandante dos produtos industrializados do Rio Grande do Sul, não se consegue vislumbrar, de imediato, boas perspectivas para o crescimento das exportações do estado. Pelo menos, para os próximos dois anos, deveremos ter um crescimento negativo ou bem moderado. Por um efeito de preço, em função das commodities, e, também, por um efeito de renda, de nossos vizinhos aqui do Mercosul, e outros países da América do Sul. E tudo isso, em função desse processo de forte reequilíbrio de crescimento mundial.

A competitividade dos nossos produtos também pode ser levada em conta?
As duas coisas. Quando vemos que tem uma queda do preço internacional das commodities muito forte e uma queda do índice de atividade, a competitividade teria que contrabalançar esses efeitos. Só que temos uma perda de competitividade consistente, principalmente no que diz respeito à questão cambial, já que o real permaneceu valorizado durante muito tempo. Essa valorização acabou gerando uma perda de densidade exportadora. Muitas empresas, que antes exportavam, deixaram de exportar. Para retomarmos isso agora, vai demorar um tempo muito maior.

Os níveis em que se encontram a moeda americana tem sido benéficos para a economia gaúcha?
Num primeiro momento, o dólar foi a R$ 4,00, mas, agora, já se tem uma perspectiva de se manter em R$ 3,40 ou R$ 3,50, ou continuar flutuando em torno desse patamar. Mesmo assim, acredito que, nesses níveis atuais, o câmbio ainda continua ajudando os exportadores. É claro que, se chegarmos aos R$ 3,20, voltaremos a cair na armadilha da moeda sobrevalorizada e começaremos a ter sérios problemas novamente, principalmente porque, ao mesmo tempo, temos um ambiente de baixo preço das commodities e de baixo crescimento da renda. Se acontecer isso, perderemos completamente a nossa capacidade de exportar, já que as outras variáveis que poderiam ajudar, que é o crescimento da renda mundial e os preços das commodities, não apresentarão uma tendência favorável.

Existe tendência de melhora dos preços dessas commodities no mercado internacional?
Não, de imediato, nenhuma. Até 2018, certamente não teremos a oportunidade de ver uma reação dos preços das commodities no mercado internacional. É que esses preços estão muito atrelados ao crescimento da Ásia, especialmente da China, que vinha crescendo a dois dígitos até 2012 ou 2013, e entrou num processo de forte ajuste. E a perspectiva de crescimento da China, para os próximos anos, é de uma média de 5,5% a 6%. Ou seja, essa taxa ainda cairá pela metade, gerando uma nova dinâmica no mercado de commodities.

Como está vendo esse comportamento da economia gaúcha em relação aos outros estados exportadores do Brasil?
O Rio Grande do Sul apresenta uma melhora, não muito expressiva e apenas aparente. Em 2000, o estado participava com 10,5% da pauta das exportações brasileiras. Em 2010, chegou a 7,65%, e em 2015, voltou para 9,2%. Entre 2010 e 2015, parece que o Rio Grande do Sul ganhou participação, resultando um ganho competitivo. Porém, nesses números, existe um efeito muito grande do preço do petróleo, bem que não exportamos, mas que predominam nas pautas de outros estados. Trata-se de um avanço de participação por um simples efeito de queda de preços do petróleo e do minério. Minas Gerais, Rio de Janeiro e Espírito Santo são grandes exportadores de petróleo ou minério e, quando se tem uma queda muito acentuada nos preços de petróleo ou minério, acaba caindo sua participação na pauta das exportações brasileiras. Nesse contexto, a participação do Rio Grande do Sul caiu menos porque não tem relação com esses produtos, mas com commodities agrícolas, que, embora também tenha apresentado queda, não foi tão acentuada. Então, o ganho do Rio Grande do Sul não representa um ganho de competitividade, mas um ganho de perfil da pauta ou tipo de produto que exporta.