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Analista de Planejamento e Performance III
 
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Novas medidas na agricultura argentina e impactos no RS e BR

cecilia

 

 

Cecília Rutkoski Hoff
Economista, Pesquisadora FEE, Professora PUCRS
Corecon/RS nº 7659

 


Quais os impactos, nas economias gaúcha e brasileira, das recentes medidas anunciadas pelo presidente argentino Mauricio Macri, que põem fim à cobrança de impostos de exportações agrícolas daquele País?
Podemos esperar um aumento da concorrência com os produtos agrícolas argentinos no mercado externo, mas, principalmente, no mercado interno brasileiro, que é grande e representa um destino importante para as exportações do país vizinho. A economia gaúcha tende a ser proporcionalmente mais afetada, seja porque a estrutura produtiva do estado, no que diz respeito à importância das cadeias produtivas de grãos e carnes para a geração de renda local, é bastante similar à da Argentina, seja porque o Rio Grande do Sul é mais aberto às transações comerciais com o país, em parte devido à proximidade geográfica.

Que produtos serão mais atingidos?
O aumento da concorrência tende a ser mais intenso para os produtos como o trigo, milho e carnes. No caso da soja o impacto possivelmente será menor, pois não houve a eliminação do imposto de exportação, que foi reduzido de 35% para 30%, ao mesmo tempo em que o crescimento da demanda externa do grão tem se sustentado em nível elevado, o que pode ser explicado pela dinâmica das importações chinesas. Como a Argentina é um produtor de soja importante no contexto mundial, também é possível que a redução do imposto resulte em algum efeito de curto prazo nas cotações, haja vista o contexto geral de volatilidade e queda dos preços internacionais das commodities.

Essas medidas, somadas à desvalorização da moeda nacional ocorrida na última semana, deixam a produção argentina mais competitiva no mercado internacional?
Possivelmente, sim. Mas há que se ressaltar que o ganho de competitividade só se sustentará se a Argentina conseguir evitar que a desvalorização cambial e a menor oferta de alimentos em seu mercado interno impliquem em maior inflação. Ou seja, a desvalorização da taxa de câmbio nominal poderá não resultar em desvalorização real e, portanto, em ganhos de competitividade, se os preços internos também aumentarem. As declarações e as medidas adotadas nas primeiras semanas de governo indicam que o presidente Macri parece disposto a levar adiante eventuais políticas de ajuste para evitar que as mudanças nos preços relativos afetem a inflação e, por consequência, o ganho de competitividade recém conquistado.

Como fica o cenário exportador gaúcho e brasileiro?
No curto prazo o cenário para as nossas exportações pode piorar, pois, além do aumento da concorrência no mercado externo, a desvalorização do peso e as eventuais medidas de ajuste poderão resultar em menor crescimento da demanda argentina por produtos brasileiros. No médio prazo, se o país conseguir estabilizar o seu acesso ao financiamento estrangeiro, constituindo divisas suficientes para normalizar os fluxos de importações, as exportações brasileiras, sobretudo as de manufaturados, tendem a ser favorecidas. Com respeito à indústria gaúcha, as exportações de produtos químicos, veículos e autopeças, máquinas e equipamentos e calçados podem vir a se beneficiar.