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Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
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DESCRIÇÃO DA VAGA
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REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES
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  • Capacidade analítica e de resolução de problemas;
  • Capacidade de síntese e de preparação de materiais executivos;
  • Domínio de Excel e Power point;
  • Familiaridade com Power BI.
 

A viabilidade econômico-financeira em tempos de crise



Rogério Tolfo
Economista, consultor de empresas, especialista em projetos e estudos
de viabilidade econômico-financeira, ex-presidente do Corecon-RS

O que é projeto de viabilidade econômico-financeira?

É um estudo técnico em que é verificada a viabilidade econômica do projeto, ou seja, o impacto que uma determinada ação ou investimento trará, a médio e longo prazos, para a empresa em termos de rentabilidade, nos diversos cenários em que é possível analisar e projetar. A parte financeira está relacionada com a geração de caixa dessa ação ou investimento, e o retorno do investimento, em termos de prazo, valor presente líquido e taxa interna de retorno.

Quais apspectos um projeto de viabilidade econômico-financeira pode contemplar?

Normalmente, um projeto de viabilidade econômico-financeira contempla sumário executivo, apresentação e caracterização da empresa, abertura das ações ou investimentos a serem realizados, aspectos técnicos, análise do mercado onde a empresa atua, balanços e aspectos históricos relacionados às peças contábeis, projeções e seus critérios. Da mesma forma, faz parte do projeto a demonstração da avaliação econômico-financeira e da necessidade de capital de giro incremental. A propósito, as projeções podem ser analisadas através de cenários diferentes, desde o mais conservador até o mais otimista.

O que é priorizado na elaboração desse tipo de projeto numa empresa?

Prioriza-se demonstrar principalmente as variáveis que tendem a ser impactadas com as ações ou investimentos a serem realizados, como receitas, custos, despesas, capacidade de produção ou de vendas, e seu impacto na rentabilidade e na geração de caixa do negócio. É sempre bom lembrar que essas premissas, se bem calculadas, tendem a gerar uma avaliação econômico-financeira confiável, o que gera segurança. Mesmo considerando que a fonte de recursos (própria ou financiada), não seja relevante na avaliação econômico-financeira de um projeto, cabe sempre atentar para a capacidade de pagamento do financiamento, caso seja essa a sua opção, bem como inserir os juros e encargos nas projeções. Importante destacar que um projeto bem elaborado pode demonstrar que a empresa tende a ser bem ou mal sucedida ou, mesmo, indicar que pode ser necessário repensar algumas premissas para colocá-lo em operação.

Qual a diferença do foco de análise de um projeto de viabilidade de uma empresa, num momento de crise do mercado, para um contexto de estabilidade ou crescimento econômico?

A maior e grande diferença é a dificuldade de se traçar cenários em momentos de crise. Essa situação ficou bem evidenciada com a pandemia, quando as empresas tiveram muitas dificuldades em projetar receitas, custos, despesas, resultados e vendas em geral, pois estavam situadas em mercados que sofreram grande impacto com as ações de contenção da pandemia, realizadas pelos governos. Assim, em cenários de crise, cabe ser ainda mais detalhista nas projeções e conter qualquer tendência otimista, visto que há muitas incertezas. Costumamos dizer que o papel aceita tudo. Ou seja, projeções mal realizadas, utilizando variáveis e premissas equivocadas, tendem a gerar uma inviabilidade prática do projeto, mesmo que o estudo demonstre que o mesmo tende a ser bem sucedido.

Quando uma empresa deve providenciar um projeto ou estudo de viabilidade econômico-financeira?

Sempre que uma empresa for realizar ações que alterem a sua realidade, o seu momento, cabe fazer um estudo ou projeto. Ações simples podem gerar estudos simples. Por exemplo, a compra de um equipamento de maior produtividade em uma indústria, com o objetivo de desativar outro equipamento existente, pode gerar um estudo simples, demonstrando a redução de custos que vai ser gerada e o prazo em que essa redução de gastos paga o investimento. E ações de grande magnitude tendem a gerar estudos completos e detalhados, como a abertura de uma filial, para ampliar vendas e produção. Essa nova unidade tem que ser viável econômica e financeiramente para compensar o ato de investir.

Realizar projetos de viabilidade é uma prática usual nas empresas?

Infelizmente não. Mas está melhorando. Grandes empresas normalmente possuem departamento de estudos e projetos, que contam com economistas e outros profissionais contratados ou terceirizados para estudar as ações e projetos da empresa e seus impactos na companhia. O maior problema está nas micro, pequenas e médias empresas, que muitas vezes investem em ações e/ou projetos, mas não realizam o estudo ou o fazem sem atender os critérios técnicos adequados. Daí, a importância dos profissionais habilitados para assessorar essas empresas, como o economista. Projetos mal concebidos econômica e financeiramente podem não só inviabilizar a ação em si como toda a empresa. Ter um projeto qualificado também é um investimento

Qual a sugestão para o estudante e o profissional da Economia que queiram se especializar na área?

Para os estudantes, importante começar cedo, ainda na faculdade. Muitas delas possuem empresas júnior, que são habilitadas a fazer esse tipo de trabalho e contam com o apoio dos professores. Para profissionais já formados, importante analisar cases de sucesso existentes no mercado ou conversar com profissionais experientes que atuam a tempo no mercado. Há empresas de consultoria, especializadas em elaborar tais estudos. Também há espaço em bancos e na área pública. O economista sai da faculdade em condições técnicas de fazer um projeto, e a experiência vem com o tempo. Atuo na área há mais de 25 anos e considero fascinante o fato de que, ao elaborarmos um projeto, usamos um verdadeiro arsenal de ferramentas vistos na faculdade de economia, analisamos mercados, usamos a experiência e, também, aprendemos, já que cada situação contém suas especificidades.