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Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
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Impactos do coronavírus na Bolsa de Valores


José Junior de Oliveira

Economista, presidente do Corecon-RS, vice-presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais (Apimec-Sul), professor Universitário
Corecon-RS Nº 5500

 


Essa queda acentuada da bolsa de valores ocorrida nos últimos dias deve-se especialmente à tensão provocada pelo coronavírus ou existem outros componentes embutidos?

Certamente que a apreensão está relacionada aos impactos que o coronavírus está causando nas economias da China e Ásia, países Europeus, Estados Unidos, e já atingem o Brasil. Na realidade, o mercado reflete as expectativas dos investidores. Essa situação está impactando a economia chinesa, que, por ser a segunda maior economia do mundo, com um PIB elevadíssimo, deve enfrentar uma redução no seu crescimento e uma consequente retração de suas importações, impactando negativamente nos negócios dos países parceiros exportadores, como o Brasil. O mercado está com um viés de baixa porque os agentes econômicos acreditam que a situação do coronavírus, que está se alastrando pelo mundo, pode ou não sair do controle. Com isso, existe a tendência de um crescimento menor, com as empresas faturando menos e com menores resultados, o que cria uma situação de risco, de apreensão, e, com isso, a movimentação de investidores abandonando os mercados de risco e provocando queda na bolsa. É um fato de momento, mas o mercado está agindo com uma expectativa negativa.

Qual a dimensão dessa crise?

É muito cedo ainda para se ter uma dimensão do impacto, mas basicamente é em razão dessa situação que os mercados estão estressados e com maior volatilidade. A queda na bolsa de valores no Brasil foi muito forte no primeiro dia após o feriado de carnaval, em torno de 7%, mas nos mercados asiáticos, europeus e norte-americano essa queda iniciou imediatamente após a informação de que o coronavírus está atingindo muitos países da Europa, EUA e Brasil. A preocupação é como controlar a doença, já que ainda não surgiu um tratamento eficaz, e isso faz com que os mercados de maior risco, como a bolsa de valores, tenham maior oscilação. As informações ainda não estão muito claras, e a tendência é, como referido antes, de que os investidores saiam dos mercados de maior risco até que o cenário fique mais claro. O que ocorre, num primeiro momento, é que as previsões de crescimento das economias sejam revisadas para baixo e, como conseqüência, afetarão o resultado das empresas, nível de emprego e renda, gerando um ambiente de tensão no mercado. Os investidores, neste momento, tendem a ir para ativos menos arriscados como o dólar e ouro, por exemplo. A bolsa cai e as moedas mais fortes se valorizam.

Qual o conselho para os investidores da bolsa neste momento?

Eu diria para esses investidores esperarem, já que bolsa é um investimento de longo prazo, e oscilações de curto prazo fazem parte do negócio. Se olharmos a taxa de juros que está no Brasil, de 4,25% ao ano, a expectativa da economia brasileira, mesmo crescendo menos do que previsto inicialmente, está retomando o seu crescimento. A turbulência vai passar. Por isso é preciso ter calma e, inclusive, aproveitar as oportunidades de investimento, já que boas ações poderão ser compradas a preços atrativos. É preciso entender que o mercado de ações é de “renda variável” e se o investidor se assusta e vende ações neste momento, certamente vai perder dinheiro. Por isso a recomendação é de esperar a recuperação, que certamente chegará mais adiante.

Este é o melhor bom momento para comprar ações?

Pode haver oportunidades neste momento, mas não sei se já é o momento para isso, pois a queda poderá ser mais acentuada ainda. Mas acredito que os papeis já estão com um desconto bem interessante. Quem tiver dinheiro, deve olhar com atenção, que vai aparecer muita oportunidade de compra.

Nesses momentos de oscilação tão radical de preços na bolsa existem negócios de venda?

A bolsa tem liquidez. Então, se alguém quiser vender, sempre vai haver outro para comprar. Quando os preços estão caindo, sempre há alguém que está imaginando que vão subir lá na frente e acaba gerando a compra. Quem está olhando no longo prazo deve saber que a volatilidade faz parte do mercado.

A tendência é que os preços das ações na bolsa continuem oscilando?

A tendência é de que continuem oscilando porque ainda não foram encontradas soluções para conter o avanço do problema que afeta vários países. Isso não muda a tendência de médio e longo prazos. A menos que se perca o controle dessa situação, o que não acredito que vá acontecer. Os governos desses países deverão agir para controlar o avanço do coronavírus.

 

Neste cenário de apreensão da economia mundial, as bolsas de valores dos países em desenvolvimento tendem a sofrer os maiores impactos?

As bolsas caíram no mundo inteiro e não apenas em países em desenvolvimento. No caso do Brasil, às vezes a bolsa oscila mais porque como nosso mercado é liquido e tem investidores estrangeiros que alocam recursos, também as pessoas vendem mais rápido. Nos mercados emergentes, nessas situações, normalmente as oscilações dos preços da bolsa acontecem com maior intensidade, com movimentos mais bruscos. Mas isso é normal, em função do volume de recursos que se movimenta. O que devemos ficar atentos é que ainda não se pode dimensionar o tamanho do impacto na economia real. Isso será determinante para que se verifique até onde vai a queda na bolsa. É difícil para o investidor ter calma em momentos de tensão e de risco elevado, mas é preciso ser racional para não tomar decisões precipitadas.