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A arte como investimento e valorização da cultura

Maria Fernanda Santin

Economista, mestre em desenvolvimento econômico,
MBA em finanças e gestão de negócios, empresária
Corecon-RS Nº 6864

 


Por que resolveste migrar da área de consultoria para empreender?

Desde muito cedo, sempre me interessei por atividades empreendedoras. Aos 16 anos, fui emancipada juridicamente para poder ter meu próprio negócio. A partir daí, sempre gostei de descobrir nichos que tivessem a ver com meu perfil, o que é muito importante no momento de empreender, visto que a dedicação precisa ser grande. Por isso, considero que fazer algo que se gosta é um dos fatores para ter sucesso. Ao longo da minha carreira de economista, sempre trabalhei em grandes empresas, e, em paralelo, atuava como consultora econômica, produzindo análises, estudos de viabilidade, avaliações econômicas. E a vivência nas grandes empresas foi muito importante para que eu aprendesse novos temas e os colocassem em prática, seja nas próprias empresas ou nas consultorias que eu praticava ou mesmo nos meus próprios negócios. Com meu amadurecimento, percebi que dificilmente me encaixaria 100% no mundo corporativo, como funcionária. Sempre fui muito questionadora. Aprendi que tudo na vida precisa ter um propósito. E, muitas vezes, trabalhando como funcionária, você trabalha pelo propósito dos acionistas ou proprietários das empresas e não pelo seu próprio.

De onde saiu a ideia de empreender através da galeria?

A oportunidade de trazer a Galeria Clima de arte contemporânea para Porto Alegre partiu de um convite do meu primo, que fundou a Galeria em Brasília há mais de 20 anos. A Galeria, que, atualmente possui unidades em Brasília, Rio de Janeiro, Miami e agora em Porto Alegre, trabalha com artistas que possuem visibilidade no mundo das artes, apresentam um trabalho consistente e potencial de valorização ao decorrer do tempo. Isso foi um fator que me motivou bastante: oferecer arte de qualidade como uma alternativa de diversificação de investimento. E, por coincidência, ainda na época da faculdade, sempre pesquisava o tema da arte como investimento. Então, fiquei bem animada em poder colocar isso em prática.

Como conciliar investimento e acesso à cultura?

Em países mais maduros, a aquisição de obras de arte como alternativa de diversificação da carteira de investimento já é algo muito comum. No Brasil, temos o desafio de aculturar o investidor neste sentido. Por exemplo, obras de arte com potencial de valorização são relativamente caras, pois são precificadas considerando diversos fatores, tais como as técnicas e os processos criativos utilizados pelos artistas, consistência da carreira, exposições realizadas, obras em acervos, dentre outros fatores. O investidor não precisa necessariamente entender destes fatores para investir em arte. Para isso, basta se assessorar com especialistas no assunto, como se faz ao investir em ações. No entanto, para que haja o interesse em dar o primeiro passo, é necessário despertar e ampliar o olhar e isso passa por consumir mais cultura. A boa notícia é que acesso à cultura nesta perspectiva está cada vez mais fácil graças à internet. Hoje, você consegue visitar os grandes museus virtualmente, há centenas de vídeos disponíveis no youtube, dezenas de filmes nos canais de streaming, todos os conteúdos das redes sociais... Então, se torna mais fácil o mergulho neste mundo fantástico. Inclusive, nós temos um blog em que falamos sobre a história da arte, quem são nossos artistas, como investir em arte, etc. (www.galeriaclimapoa.com.br)

Qual o próximo passo da Galeria Clima?
A Galeria Clima tem um braço institucional forte, no sentido de buscar parcerias com instituições locais para desenvolver o mercado da arte local e assim, contribuir para ampliar o acesso à cultura e desmistificar a ideia de que as artes plásticas é acessível apenas à elite. Atualmente, temos uma parceria forte com o Museu de Arte Contemporânea do Rio Grande do Sul e ainda para este ano, queremos trazer uma exposição de arte que acontecerá na sede própria do MAC-RS, no IV Distrito, que visa colocar o museu no circuito de arte da Capital e também arrecadar fundos para a continuação da reformada do espaço.

Como é empreender neste setor no Brasil?
O Brasil é considerado um país criativo por natureza. São Paulo, Rio de Janeiro, Santa Catarina e o Rio Grande do Sul são os estados que possuem mais trabalhadores nos setores considerados criativos. Isso dá uma dimensão da efervescência do tema. Em específico, sobre o segmento de arte contemporânea no país, o mercado primário (quando a obra é vendida pela primeira vez) ainda é jovem. Porém, dinâmico e está em processo de expansão e internacionalização. Em torno de 75% das vendas acontecem no mercado primário. Neste mercado, as galerias possuem o desafio de identificar os artistas que julgam relevantes para representarem.

Quais os grandes desafios do setor?
No caso da Galeria Clima, o desafio de encontrar novos integrantes para compor nosso portfólio é um pouco maior, pois precisamos identificar os artistas que apresentam trabalhos consistentes, que possuem potencial de valorização ao longo de sua carreira, visto que um dos nossos direcionadores é oferecer arte como alternativa de diversificação de investimentos. Além de quê, a convergência entre a linha curatorial da Galeria e os artistas é muito importante. Em relação ao mercado secundário (quando a obra foi adquirida no mercado primário e está sendo revendida) este só é relevante quando falamos em obras de artistas de renome. Ao contrário, o valor das obras é baixo. Neste caso, ainda temos o desafio de lidar com a falsificação. Quanto maior o valor de uma obra, maior é o interesse dos falsificadores. Ao comprar uma obra falsificada, o investidor tem seu investimento reduzido a zero. Por isso, sempre é importante a aquisição por meio de galerias sérias, que se responsabilizam pela procedência das obras.

De que forma o curso de economia ajudou a entender melhor esse mercado?
O curso de economia me deu as bases para analisar e entender quaisquer mercados que eu venha a me interessar. Análises setoriais e concorrenciais, tendências de médio e longo prazo, retorno do investimento, formação de preços e tantos outros temas abordados pela economia são essenciais para se entender o setor que se pretende entrar e também para estruturar o negócio, que precisa ser viável do ponto de vista financeiro. A abrangência dos temas econômicos me deu base para expandir em diversos outros temas correlatos, uma vez que ensina a pensar nas relações entre agentes em diversos contextos. Se eu tivesse que escolher novamente um curso, com certeza, seria a economia.