“Orçamento público foi transformado em peça contábil, que se sobrepõe, inclusive, aos preceitos legais”, diz economista

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“Orçamento público e democracia” foi o tema do Economia em Pauta, realizado na noite do dia 15 de abril, no Hotel Plaza São Rafael (Av. Alberto Bins, 514). Numa promoção do Corecon-RS, a palestra foi proferida pelo economista Antonio d’Ávila, Auditor-Fiscal do Estado aposentado e ex-Diretor da Receita Estadual, e contou com a participação do jornalista Luiz Guimarães, Editor de Economia do Jornal do Comércio.
O conselheiro Antonio Carlos Brites Jaques abriu o encontro, falando da importância do tema no contexto atual da economia brasileira e, também, das economias dos estados e municípios. Explicou que o presidente do Corecon-RS, economista Rogério Tolfo, não pôde participar do evento, já que, naquela noite, juntamente com outros conselheiros da Entidade, acompanhava dois outros compromissos paralelos, na cidade de Caxias do Sul. Apresentou os curriculuns dos palestrantes e agradeceu a presença do público.

aberturaO economista Antonio d’Ávila iniciou sua apresentação afirmando que “junto com o voto secreto, universal e periódico, e da Separação dos Poderes, o orçamento público é um dos fundamentos da democracia. Só que, infelizmente, essa extraordinária importância não é devidamente avaliada”, acrescentou. Apresentou exemplos de nações produtoras de petróleo que, embaladas por ditaduras, historicamente desrespeitaram o orçamento público, como o Império Russo Soviético, Líbia, Irã e, mais recentemente, a Venezuela. Apresentou uma análise histórica sobre o início do endividamento público brasileiro, citando o governo Juscelino Kubischek, no período de 1956 a 1960, como o que cometeu o maior desrespeito ao orçamento público gerou as contínuas crises a partir de 1961 e acabou culminando com o golpe militar de 1964. Lembrou que a partir de 1955, o déficit do governo federal, que era de 0,7% do PIB, passou para 2,8% em 1960 e que em valores atuais chegaria a U$ 200 bilhões. Que a inflação média, de 1956 a 1960 foi de 25%, chegou a 48% em 1961, a 61% em 1962 e a 80% em 1963, época em que não havia os mecanismos de correção monetária. Citou, ainda, outras características de descontrole público vivenciadas no período, como renda per capita, balanço de pagamentos e foi categórico em afirmar que talvez esse tenha sido o período de maior intervenção estatal na economia brasileira e um dos maiores em termos de desrespeito ao orçamento público. Sobre isso, lembrou ainda Tancredo Neves, quando disse, em suas memórias, que “Juscelino tinha verdadeira volúpia em emitir moeda”.

avilaO economista disse, ainda, que o orçamento público deveria ser um instrumento de deliberações periódicas e de planejamento a curto, médio e longo prazos, mas que, a partir da Constituição Federal de 1988 foi contaminado por emendas parlamentares, leis de incentivos, multiplicação e fragmentação de projetos, entre outros, que acabaram engessando-o e mutilando suas funções. “O orçamento público foi transformado numa complexa e detalhada peça contábil, que se sobrepõe, inclusive, aos preceitos legais”, afirmou.

Antonio d´Ávila finalizou sua exposição apresentando números sobre a situação das finanças públicas do Estado do RS, que, segundo ele, convive há bastante tempo com uma situação de insolvência, “sem solução possível no curto e médio prazos”. Para ele, o déficit atual do Estado, de R$ 7,39 bilhões, é coberto por uma receita corrente extraordinária ilegal e avilaguimacompletamente irrealizável, e que, somado às dívidas com a União, precatórios, depósitos judiciais, previdência, entre outros, chega a R$ 143,6 bilhões. “Mesmo que as reformas estruturais e a retomada do crescimento econômico transformassem o déficit de 15% em superávit de 10%, sem computarmos os juros, seriam necessários 35 anos para o pagamento dessa carga tributária jogada para frente”, alertou. Lembrou, ainda, que ela ficará, como herança, para as gerações futuras pagarem.

O jornalista Luiz Guimarães apresentou algumas considerações sobre a situação em que se encontram as finanças públicas do RS e sua capacidade de superar a crise fiscal por que vem passando. Disse que o estado vem vivenciando uma situação muito grave, mas que, pelas suas características, ainda pode ser solucionada, se comparada, por exemplo, com a situação do estado do Rio de Janeiro, que, além de uma crise fiscal, vive uma crise política muito grave, aprofundada pelo envolvimento de importantes políticos locais na Operação Lava-Jato. guimaAfirmou que o fato de o RS ter uma economia bastante diversificada e de estar mobilizado no sentido de atender às exigências do governo federal para aderir ao Regime de Recuperação Fiscal, acredita que pode, sim, encontrar uma saída, em busca do fôlego tão desejado para encaminhar novos investimentos e amenizar a situação das contas públicas. O jornalista falou ainda sobre a importância da privatização de empresas como a CEEE, CRM e Sulgás nesse processo de negociação e que vê com otimismo o fato de uma recuperação mais efetiva da economia brasileira poder impactar positivamente neste cenário quase trágico por que passam as contas públicas do estado do RS.
Ao finalizar seus questionamentos, o jornalista encaminhou a palavra ao público, composto, em sua maioria, por economistas, assessores parlamentares, estudantes e profissionais liberais e que, nessa noite, contou com a participação de ex-secretários da fazenda e do Planejamento de Estado e do Município. O evento também contou com a participação do conselheiro Aristóteles Galvão.

 

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Tonetto fala sobre situação fiscal do RS em Caxias do Sul


O conselheiro do Corecon-RS e secretário de Estado da Fazenda Adjunto, economista Jorge Luis Tonetto, foi um dos palestrantes do painel “Panorama das finanças no Estado do RS e da econômica caxiense”, realizado na noite da última segunda-feira, dia 15, no Teatro da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Numa promoção da Universidade, dentro da programação pela passagem dos 60 anos do Curso de Ciências Econômicas, o evento também contou com a participação da diretora do Centro de Ciências Sociais, professora Maria Carolina Rosa Gullo, e teve a organização da coordenadora do Curso, professora Jacqueline Maria Corá. 



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Falando para um auditório lotado, Tonetto apresentou uma análise sobre o comportamento da situação fiscal do estado do RS. Disse que o estado encerrou o ano de 2018 em patamares superiores ao limite prudencial das despesas de pessoal para o Poder Executivo e, também, no limite máximo de sua capacidade de endividamento, e que o Tesouro gastou em 2018 R$ 11,6 bilhões para cobrir o déficit da Previdência. As prioridades para o equilíbrio financeiro seriam a adesão ao RRF, desenvolvimento do estado com consequente aumento de receita e melhoria na qualidade do gasto.

Também participaram do evento o presidente do Corecon-RS, economista Rogério Tolfo, e a economista Janile Soares, do blog "Economista de Batom".

 

 

Presidente do Corecon entrega placa pelos 60 anos do Curso de Economia da UCS

O presidente do Corecon-RS, economista Rogério Tolfo, fez a entrega oficial, na noite da última segunda-feira, dia 15, em Caxias do Sul, da placa comemorativa pela passagem dos 60 anos de criação do Curso de Ciências Econômicas da Universidade de Caxias do Sul (UCS). Tolfo entregou a homenagem à coordenadora do Curso, professora e economista Jaqueline Maria Corá, durante eventos em comemoração à data, ocorridos no Teatro da Universidade. “Um Curso que, ao longo de sua história, vem produzindo, através do conhecimento adquirido nesta Universidade, as melhores ideias e ações, construídas por profissionais de altíssimo nível e com participação direta e decisiva no desenvolvimento e no crescimento econômico e social do nosso estado e do nosso país”, afirmou.

Participe da pesquisa Economista Empreendedor

O Conselho Federal de Economia quer conhecer o perfil e a realidade dos economistas e estudantes de Economia que são empreendedores ou pretendem empreender.

Para isso, o Grupo de Trabalho Economista Empreendedor, do Cofecon, lançou um questionário on-line para conhecer o perfil dos estudantes de Economia e Economistas. A pesquisa está disponível no site http://cofecon.gov.br/economistaempreendedor/  e pode ser respondida até o dia 9 de maio.

Participe!

Escola de Negócios da PUCRS discute o impacto dos desastres na inflação

O coordenador do Curso de Ciências Econômicas da PUCRS, economista Gustavo Ignácio de Moraes, será um dos palestrantes do seminário “O impacto dos desastres na inflação”, que a Escola de Negócios, da Universidade, está promovendo no dia 2 de maio, às 19 horas, no Prédio 5. Também participarão Abner de Freitas, da startup Pedra Circular, e o Coronel Adriano Krukoski, da Coordenadoria de Proteção e Defesa Civil de Porto Alegre. Discutirão sobre o impacto dos desastres na inflação dos países de economias avançadas e dos países em desenvolvimento.

Economistas assumem como Vogais da Junta Comercial do RS


Os economistas Aristóteles Galvão e Marisa Golin da Cunha assumiram, nesta quarta-feira, dia 10, como integrantes do Colégio de Vogais da Junta Comercial do Estado do Rio Grande do Sul (JucisRS). A solenidade, ocorrida na sede da Entidade, contou com a participação do secretário de Desenvolvimento Econômico e Turismo do RS (Sedetur), Ruy Irigaray. Aristóteles Galvão, como Titular, e Marisa Golin, como Suplente, tiveram seus nomes indicados pelo Corecon-RS, e, juntamente com representantes de outras instituições, foram nomeados pelo governador do Estado, Eduardo Leite, para um mandato de quatro anos.

Também assumiram representantes do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Federasul, Fecomércio, Fetergs, OAB-RS, e Conselho Regional de Administração do RS (CRA-RS).

Corecon-RS participa de Audiência Pública sobre PEC da Reforma da Previdência

O conselheiro do Corecon-RS, economista Darcy Francisco Carvalho dos Santos, participará, na próxima segunda-feira, dia 15, na Câmara de Vereadores de Caxias do Sul, de Audiência Pública sobre “A PEC da Reforma da Previdência”. Numa promoção do Legislativo daquele Município, o evento iniciará às 18h30min, e reunirá representantes da OAB-RS, Defensoria Pública da União e representantes da Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Anfip).

O objetivo do encontro é proporcionar o esclarecimento da população com relação à PEC.

 

“Orçamento público e democracia” é tema do Economia em Pauta, dia 15, no Plaza

 

“Orçamento público e democracia” é o tema da próxima edição do Economia em Pauta, que acontece no dia 15 de abril (segunda-feira), às 18h30min, no Hotel Plaza São Rafael (Av. Alberto Bins, 514). Numa promoção do Corecon-RS, a palestra será proferida pelo economista Antonio Ávila, Auditor-Fiscal do Estado aposentado e ex-Diretor da Receita Estadual, e contará com a participação do jornalista Luiz Guimarães, Editor de Economia do Jornal do Comércio.

Será fornecido um certificado de 2 horas complementares aos estudantes que participarem do evento.

Entrada gratuita!

Informações e reservas, pelo fone (51) 3254.2608 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..

Apoio:

Conselheiro do Corecon-RS participa de painel na UCS

O conselheiro do Corecon-RS e secretário Adjunto da Fazenda do RS, economista Jorge Luis Tonetto, estará em Caxias do Sul, no dia 15 de abril próximo. Participará do painel “Panorama das finanças no Estado do RS e da econômica caxiense”, promovido pela Universidade de Caxias do Sul, dentro da programação pelos 60 anos do Curso de Ciências Econômicas da Universidade. O evento, que também contará com a participação da diretora do Centro de Ciências Sociais, professora Maria Carolina Rosa Gullo, acontecerá no Teatro da UCS.

No mesmo dia, no hall de entrada do Bloco M, da Universidade, estará acontecendo uma exposição de fotos sobre a história do Curso.

 

 

Curso de Ciências Econômicas, da UFN, conquista Nota 5 do MEC


O Curso de Ciências Econômicas da Universidade Franciscana de Santa Maria (UFN) recebeu nota máxima, em uma escala de 1 a 5, conforme avaliação do Ministério da Educação. A avaliação presencial dos representantes do Ministério da Educação ocorreu entre os dias 20 e 23 de março. Entre os universos pesquisados estão a Organização Didático-Pedagógica, Corpo Docente - Tutorial e Infraestrutura da instituição. Nessas dimensões, são avaliados o trabalho desenvolvido com os alunos pela coordenação, pelo colegiado e núcleo docente do curso, em relação à satisfação e o desempenho dos acadêmicos.

foto ufnSegundo a Universidade, a excelência expressada na nota cinco foi fruto da articulação educacional proporcionada pela Entidade com o mercado de trabalho e suas potencialidades extensionistas, que se expressam no decorrer da graduação pelas oportunidades de aprendizado que alinham o conhecimento teórico, às práticas financeiras. “Estamos radiantes. Fomos muito elogiados por nosso corpo docente, nossas instalações, mas, principalmente, pelo engajamento e motivação dos acadêmicos que observam as múltiplas atuações do economista, que perpassam por práticas sociais, humanas e exatas, como uma forma de orientar o presente para a construção da prosperidade do amanhã”, afirma a coordenadora do Curso, professora Taíze Lopes. Ressalta que dois diferenciais pedagógicos pontuais contribuíram para a nota cinco, o Índice do Custo de Vida de Santa Maria, que afere a inflação mensal dos principais itens que impactam o consumidor, e a nova matriz curricular do curso, que integra os Cursos de Administração e Ciências Contábeis. “A flexibilidade de nossa matriz distribuída entre os três cursos, faz com que o aluno tenha autonomia para compor seu horário, podendo também escolher por optativas que ampliam visões tradicionais do economista, os quais hoje começa a ser mais visto com frequência em corporações pela sua análise e sua precisão profissional”, conclui.

O Curso de Ciências Econômicas está em funcionamento desde 2002, estando hoje ambientado em um espaço colaborativo de ensino que estimula o empreendedorismo, a visão da micro e macro economia, levando em conta o cenário político nacional e local.

Matéria/Foto: Assessoria de Imprensa UNF

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