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Economia em Pauta discute Bitcoin e blockchain

O Corecon-RS e Jornal do Comércio, com o apoio da Águas Mineral Sarandi, foi realizado na noite do dia 24 de outubro, mais uma edição do Economia em Pauta. O tema foi “As criptomoedas e a livre geração de valor” e teve, como palestrantes, o economista Guilherme Stein, pesquisador da Fundação de Economia e Estatística (FEE) e conselheiro Corecon-RS, e Fausto Vanin, da Blockchain Academy. A mediação foi da jornalista Patrícia Knebel, editora do Mercado Digital.

Esta edição do Economia em Pauta, que lotou o Salão de Eventos do Jornal do Comércio, foi aberta pelo diretor de Operações do Jornal do Comércio, Giovane Tumelero e pelo presidente do Corecon-RS, economista Clovis Meurer. O diretor Tumelero agradeceu os presentes e apresentou um vídeo promocional sobre o conteúdo digital do Jornal do Comércio. Informou, ainda, que, em iniciativa pioneira no país, o Jornal do Comércio apresenta, pela primeira vez, em sua edição do dia, as cotações da moeda bitcoin em seu espaço de indicadores de economia. Em sua fala, o presidente Meurer agradeceu a presença dos palestrantes e elogiou as parcerias do JC e da Águas Mineral Sarandi, “fundamentais para mais uma noite de esclarecimentos e aprendizagem sobre mercado, moeda e tecnologia”.

 

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Fausto Vanin, que é mestre em Informática Aplicada pela Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR) e especialista em Certificação em Inovação e Estratégia pelo MIT Sloan School of Management, apresentou um jogo interativo com os presentes, através do uso da internet, em que o público responde a questionamentos sobre consenso com o intuito de testar como as pessoas se relacionam. “É uma oportunidade de trabalhar com as pessoas sobre a maneira como elas se relacionam entre elas, como elas se relacionam com o dinheiro, com o valor e com a confiança”, disse, lembrando que “a confiança é a base da tecnologia do blockchain”. Apresentou, ainda, um histórico do bitcoin e do blockchain. Falou sobre as oportunidades de negócio que se abrem a partir da livre criação de valor, em vários segmentos da economia, e não apenas no setor financeiro. Explicou que as pessoas têm hoje a necessidade de gerar a economia e não apenas de movimentar dinheiro. Falou da utilização do livro-razão e das diferenças do sistema intervencionista tradicional para a cadeia de blocos, com sua relação de bens individuais e coletivos, distribuição de responsabilidade, capacidade de processamento e de compartilhamento de dados, que é o . “Trata-se da passagem de um modelo centralizado para um modelo distribuído, ou absolutamente cooperativo”, disse.

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Vanin encerrou sua apresentação fazendo uma comparação das tecnologias que envolvem o bitcoin e o blockchain. “Acredito que o blockchain pode criar muito mais benefícios através de geração de valor em cima da tecnologia, para diversos segmentos. É uma ferramenta que tem a capacidade de transformar a sociedade”, finalizou.

 

 

 

 

 

guilherme3O economista Guilherme Stein apresentou um histórico sobre a popularização da internet, ocorrida no Brasil a partir dos anos 90 e seus até então imagináveis desdobramentos tecnológicos, que acabaram culminando, anos mais tarde, com potencialidades de interação, como facebook, youtube, whatsapp e netflix. Falou sobre a teoria de Adam Smith, em sua obra Riqueza das Nações, em que preconizava a troca como a origem da moeda, e disse que antes da moeda as economias das pequenas comunidades eram baseadas na troca de favores, que, registrados em planilhas de obrigações e deveres, iam sendo saldados ao longo do tempo, de acordo com as oportunidades de cada membro da comunidade. “Já, naquela época, tratava-se de bitcoins arquivados em um livro-razão informal, ou um blockchain”, disse. Lembrou que o sistema não funcionava adequadamente para comunidades muito maiores, o que levou ao surgimento da moeda. “Era a certeza de que se alguém tinha uma moeda é porque fez, em algum momento, algum favor a alguma pessoa”, acrescentou, lembrando que a moeda no bolso representava o produto de um benefício físico de valor feito a uma terceira pessoa.

 

 

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Guilherme Stein falou, ainda, sobre a estrutura e o funcionamento do blockchain, que é disponibilizado na internet em formato de planilha pública protegida por criptografia, e que registra toda a infinidade de transações on line realizadas, validadas e garantidas pelo livre acesso de seus integrantes. Abordou as vantagens do bitcoin, especialmente o fato de servir como eficiente instrumento de proteção ao usuário, diante de eventuais instabilidades vividas pela moeda local de países que passam por crises monetárias, como hiper inflação. Lembrou que a outra forma de manutenção de valor e proteção da moeda, a compra de ativos, como bens, nem sempre é eficiente em função de uma série de inconvenientes ou problemas de liquidez, ou mesmo tributação e burocracia, que não acontece com o bitcoin.

O evento foi transmitido ao vivo pelo facebook do Jornal do Comércio, com compartilhamento do facebook do Corecon-RS, e contou com a participação de espectadores de fora do Brasil, como Inglaterra e EUA.