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Empreendedorismo foi o tema do Corecon Acadêmico

 

O auditório da Faculdade de Desenvolvimento do RS (Fadergs), em Porto Alegre, sediou mais uma edição do Corecon Acadêmico. Numa promoção do Corecon/RS, com o apoio da Fadergs, esta edição do encontro teve como foco “O Economista Empreendedor” e contou com a participação dos economistas Artur de Castro Frischenbruder, CEO da Kynos Technologies, e Tiago Lemos, co-fundador e diretor de Operações da Ventiur, a aluna Michely Francy e a presidente do Corecon/RS, economista Simone Magalhães. O evento contou com a mediação do jornalista e coordenador do Curso de Comunicação da Fadergs, Ricardo Carneiro da Cunha.

Ricardo Cunha abriu esta edição do Corecon Acadêmico falando sobre a importância do evento e disse que se trata de uma grande oportunidade para os estudantes ouvirem os relatos sobre experiências de empreendedorismo sob o enfoque da Economia. Lembrou que, ao contrário de duas ou três décadas atrás, quando as empresas buscavam o recém formado praticamente dentro da universidade, atualmente o novo profissional tem que buscar um mercado, que “pode até ser chamado de alternativo, ou pelo menos distante do que se tinha há anos atrás como um mercado de trabalho mais padrão, como o setor público, bancos, entre outros”.

asimoneA presidente do Corecon/RS iniciou sua fala ressaltando a importância desse tipo de encontro e a necessidade de se quebrar paradigmas, especialmente com relação ao fato de se pensar que ao entrar no curso de Economia terá que seguir, depois, carreira no serviço público. “E esse é um paradigma que estamos conseguindo quebrar aos poucos, pois o economista tem um mercado de trabalho muito amplo, diverso e em constante evolução”, disse. Falou da necessidade de o estudante de Economia explorar o seu potencial ainda dentro da universidade, através da busca da pluralidade e da visão macro ofertadas pelo Curso. “Temos que desenvolver nossa capacidade de enxergar num simples objeto muito mais que a sua aparência e utilidade, mas todo o processo produtivo, a linha de montagem, que tem por trás daquele produto. Temos que desenvolver essa sensibilidade e mostrar ao mercado todo o potencial que o economista tem para oferecer”, completou. Simone Magalhães falou da economia criativa e citou o exemplo dos quatro parques tecnológicos existentes no entorno de Porto Alegre, “que se juntam à cidade para fazer essa aceleração dos processos de inovação”. Finalizou, dizendo que a crise gera oportunidades, “mas nós, economistas, temos que estar prontos para isso”.

alemosO economista Tiago Lemos explicou que entrou na UFRGS com 16 ou 17 anos e sempre teve o sonho de ser empreendedor. Abriu seu primeiro negócio com 17 anos de idade, a partir do que encontrava nos livros, mas que, apesar de funcionar com excelentes padrões de qualidade, não deu certo porque não entendia de gestão. Trabalhou na FEE, em bancos, no Sebrae e, sete anos depois, resolveu empreender novamente. “Aprendi que nem sempre que se constrói o melhor, tem-se a garantia de que se consegue manter os processos pré-organizados”, disse. Criou a Ventiur, que já investiu em 15 empresas e possui 50 investidores no Rio Grande do Sul e em outros estados brasileiros. A preocupação da Ventiur, hoje, é criar fundos de investimentos, analisar negócios de pequenas empresas que estão investindo no setor tecnológico, e fazer uma análise da equipe. Além disso, a Ventiur faz o smart-money, que ajuda e colabora com o crescimento das empresas, através do uso do network de seus investidores. Ressaltou a importância dos conceitos econômicos na compreensão dessas ações, mas disse que muito mais importante que isso é a multidisciplinaridade. “Independentemente do setor que estejas trabalhando ou estudando, tem que buscar conhecimentos que sejam transversais”. O economista disse, ainda, que a grande lição que vê no mundo do empreendedorismo são os valores, a essência, onde as pessoas desempenham suas atividades por amor. “Se o dinheiro tiver que vir, será por consequência”, afirmou, lembrando “com crise ou sem crise, o que faz realmente uma sociedade crescer são os empreendedores”.

aarturO economista Artur Frischenbruder explicou que começou a estudar a área quantitativa dentro do mercado de capitais durante três anos, quando passou a ser gestor de um fundo de investimentos. Lembrou que, naquela época, trabalhava, estudava estatística, matemática e ainda tinha que vender o fundo para alguns clientes, sentindo, logo em seguida, a necessidade de se aventurar mais. Foi quando, a partir de experiências para acalmar o seu cão beagle, passou a se interessar por um brinquedo que tivesse essa finalidade. Foi pesquisar o mercado e, depois de estudar o modelo americano de empreendedorismo, desenvolveu um projeto de brinquedo para pets, conseguiu um parceiro e investimentos, o que fez com que a empresa começasse a crescer. “Mais cedo ou mais tarde, a pessoa vai ter que ir para um cargo de inovação”, disse. “E, para quem quer abrir uma empresa, estude antes e teste bem o modelo de negócios, sem medo de errar. Este é o caminho”.

amichelyA estudante Michely Francy falou de seus sonhos quando adolescente e disse que, ao entrar na faculdade, seu grande objetivo era fazer um concurso para trabalhar em banco, mas que o tempo foi passando e foi, aos poucos, se colocando no mercado. “A gente entra com uma perspectiva de valor sobre as coisas, de buscar uma forma de fazer melhor aquilo que está sendo feito”, disse, lembrando que, após a conclusão de seu curso, sua meta é desenvolver sua atividade profissional na área privada, consciente de que “o mercado espera pelas pessoas que pensam, que tenham planejamento”.

A segunda edição do Corecon Acadêmico foi organizada pelo conselheiro do Corecon/RS, economista Aristóteles Galvão, e pela coordenadora do Curso de Ciências Econômicas da Fadergs, economista Cláudia Katherine Rodrigues. Participaram da plateia professores e estudantes da Faculdade.