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Dois dias de debates sobre desenvolvimento do RS

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A Pontifícia Universidade Católica do RS (PUCRS) sediou, nos dias 19 e 20 de maio último, o 8º Encontro de Economia Gaúcha. Numa promoção do Programa de Pós-Graduação em Economia da PUCRS e da Fundação de Economia e Estatística (FEE), com o apoio do Corecon/RS, o encontro teve como objetivo analisar diversos setores e aspectos da economia do Rio Grande do Sul. 

O evento aconteceu no prédio 50 do Campus e teve a mesa de abertura oficial composta pelo coordenador do Programa de Pós-Graduação em Economia da PUCRS (PPGE/PUCRS), professor Augusto Mussi Alvim. Também integraram a mesa, a presidente do Corecon/RS, economista Simone Magalhães, o diretor da Faculdade de Administração, Contabilidade e Economia da PUCRS (FACE/PUCRS), professor Alziro Rodrigues, o economista-Chefe da Federação das Indústrias do RS (Fiergs), André Nunes de Nunes, e o presidente da FEE, economista Igor Morais.

mesa02O professor Augusto Alvim abriu os trabalhos e agradeceu a presença de professores e estudantes, e anunciou a inscrição de mais de uma centena de trabalhos no evento, “muitos dos quais oriundos de instituições do interior do estado”, contemplando um leque dos mais variados temas, em função da condição multifacetada da economia gaúcha, que é o objeto de pesquisa. O diretor da FACE, Alziro Rodrigues, falou da importância dos temas a serem discutidos, que possibilitam o intercâmbio de ideias e debates sobre os diversos setores e aspectos da economia gaúcha. Para André Nunes, da Fiergs, o Encontro é de extrema relevância para a economia e para o pensamento econômico do RS, principalmente neste momento de crise que estamos vivendo. “E cabe a nós economistas, através de estudos, pesquisa e iniciativas, propormos soluções para o desenvolvimento social e econômico do nosso estado e do nosso País”, ressaltou.

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O presidente da FEE afirmou que se trata de uma oportunidade de estreitar laços entre alunos, instituições de pesquisa e de ensino. E é muito importante termos a FEE, como órgão público de pesquisa, a PUCRS, como academia, o Corecon, como órgão de representação dos economistas, e a Fiergs, com sua representação privada, “unidos na promoção de discussões sobre temas, muitos dos quais serão levados à sociedade como alternativas para o enfrentamento de problemas do futuro”.

simone06A presidente do Corecon/RS falou do Plano de Trabalho instituído nesta gestão e relatou as principais ações que vêm sendo desenvolvidas ao longo deste ano, como o acompanhamento às solenidades de formaturas dos cursos de Ciências Econômicas da Região Metropolitana e do interior do RS, e as visitas institucionais, com o objetivo de desenvolver parcerias e fortalecer o mercado de trabalho para os economistas. Lembrou os excelentes resultados alcançados a partir da pesquisa de perfil, feita junto aos economistas e estudantes de Economia, com o intuito de conhecer melhor seus anseios e necessidades, e lembrou o encontro dos coordenadores dos cursos de Ciências Econômicas do RS, ocorrido neste ano, na Sede do Corecon/RS. Concluiu fazendo uma chamada para o Encontro dos Cursos de Ciências Econômicas, que acontecerá no dia 10 de junho próximo, na UCS, em Caxias do Sul.

O Encontro estendeu-se até a última sexta-feira, com a realização de 28 sessões específicas, através de trabalhos sobre agricultura familiar e desenvolvimento rural, políticas públicas da desigualdade e pobreza, economia do trabalho e demografia, e economia regional e urbana, cadeias produtivas e agronegócio, história econômica, macroeconomia, setor externo e crescimento econômico, meio ambiente e desenvolvimento sustentável, setor público e finanças públicas.

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Pela primeira vez, o evento contou com duas conferências. “Lucratividade e Distribuição: a origem econômica da crise política”, proferida pelo professor Adalmir Marquetti, da PUCRS, e “Economia Brasileira em Perspectiva”, com a lauradoutora em Economia pela New School for Social Research (Nova York), e professora da Universidade de São Paulo, Laura Barbosa Carvalho. Em seu discurso, a professora apresentou uma abordagem econômica sobre os dois governos Lula e os dois governos Dilma. Disse que o grande problema começou no primeiro governo de Dilma, após 2011, quaando o governo apostou na recuperação do investimento pela redução da taxa de juros e pela desvalorização da taxa de câmbio, tendências incompatíveis com o cenário mundial, em que as exportações começavam a cair, e, mesmo, com o cenário doméstico, que já experimentava desaceleração dos investimentos públicos. "Aquela foi uma estratégia que não deu certo e que põs fim a um período econômico positivo, de expansão do mercado interno, com investimento público, com distribuição de renda e com crescimento de consumo e especialmente de investimento". Sobre expectativas em relação ao governo interino de Michel Temer, disse que o momento é de total pessimismo e que não acredita em grandes mudanças "por se tratar de um governo ilegítimo e sem apoio necessário da população para fazer reformas em meio a uma crise".

andre1meneghettiTambém ocorreram os workshops temáticos “Curso de metodologia do PIB”, com o economista Roberto Rocha, da FEE, e “Corecon/RS e a formação do Economista”, com a presidente do Corecon/RS, economista Simone Magalhães, consultor da Companhia de Participações (CRP), economista André Lenz, e com o conselheiro do Corecon/RS e pesquisador da FEE, economista Alfredo Meneghetti Neto.

Acesse workshop "O Corecon/RS e a formação do Economista"