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Indústria de máquinas e equipamentos no RS avança no 1º trimestre

- Abimaq RS estima fechar o ano com crescimento de 6% -
 
A Indústria de máquinas e equipamentos criou 2,8 mil postos com carteira assinada de janeiro a março no RS. O setor é um dos destaques dentro do desempenho da indústria no Rio Grande do Sul no início deste ano. Um dos indicativos desse movimento ocorre na contratação de mão de obra. A informação foi publicada em Zero Hora, durante o final de semana.
 
O segmento é o terceiro colocado dentro da indústria de transformação na geração de emprego formal no primeiro trimestre, segundo dados do Ministério do Trabalho e Previdência. Atrás apenas das áreas ligadas ao fumo e ao coureiro calçadista, máquinas e equipamentos criaram 2,8 mil postos com carteira assinada de janeiro a março no Estado – quase 10% do total dentro do grupo.
 
Em ritmo inverso ao cenário nacional, o setor avançou 3,4% em faturamento nos três primeiros meses do ano ante igual período do ano passado, segundo dados da Associação Brasileira de Indústria de Máquinas e Equipamentos no Rio Grande do Sul (Abimaq-RS). A entidade destaca avanço de 39% nas exportações.
 
O vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos no RS (Abimaq), Hernane Cauduro, afirma que o bom momento na produção de máquinas agrícolas e nas vendas externas são alguns dos motivos que ajudam a explicar o desempenho positivo do setor. No entanto, ele destaca que o ritmo de crescimento deste ano é menor em relação ao observado em 2021. Cauduro aponta que essa desaceleração ocorre após salto nos números entre o segundo semestre de 2020 e 2021 em meio à retomada após o período mais crítico da pandemia:  "Para 2022, nossa expectativa é de um crescimento bem menor do que o constatado em 2021", afirmou.
 
A grande aposta da continuidade do crescimento é nas exportações
A fabricação de máquinas e equipamentos agrícolas carrega o maior saldo na geração de emprego dentro do setor no primeiro trimestre. O presidente do Sindicato das Indústrias de Máquinas e Implementos Agrícolas no Estado (Simers), Claudio Bier, reforça que o segmento segue avançando com bom desempenho, puxado pelas vendas para o mercado interno. Mesmo com a estiagem que castigou o Rio Grande do Sul, as vendas seguem em alta diante da demanda de outros Estados, como os do Centro-Oeste, segundo Bier, "Todo mundo pensou que essa seca que tivemos iria abalar o setor, mas não. No restante do Brasil, a safra é muito boa e o preço continua bom". O dirigente destaca que, com base em conversa com integrantes do setor, é possível apurar que o bom ritmo observado em 2021 segue na arrancada deste ano. Esse ambiente aumenta o investimento e respinga em mais contratações e consumo, segundo o executivo.
 
O acumulado do bimestre da pesquisa do IBGE sobre a produção industrial nos Estados também mostra resultado positivo do segmento de máquinas e equipamentos no Rio Grande do Sul. Enquanto a indústria apresentou recuo no levantamento na soma dos dois primeiros meses do ano, o ramo de máquinas e equipamentos avançou 2,4% na produção física.
 
Otimismo mantido
A Abimaq estima que o setor vai fechar o ano com crescimento de cerca de 6%. Mesmo sem recorte estadual deste dado, o vice-presidente da entidade no RS estima que esse percentual poderá ser maior no Estado, principalmente pelo bom desempenho do ramo agrícola. Ele cita como exemplo os bons números da Agrishow, em Ribeirão Preto (SP), encerrada na semana passada. A feira informou R$ 11,2 bilhões em faturamento, levando em conta apenas os segmentos de máquinas, implementos e armazenagem. "A última pesquisa com os empresários do setor mostra que o otimismo continua. Eles estão investindo, contratando, melhorando processos, alguns ampliando fábricas. Ou seja, existe um otimismo. Mais moderado, mas que permite acreditar que esse ano vai ser um ano positivo em termos de crescimento", avalia.
 
O presidente do Simers também projeta permanência do bom ambiente para vendas no setor. Com a demanda aquecida, algumas empresas enfrentam dificuldades para contratar mão de obra e aceitar novos pedidos, segundo o dirigente. "No nosso setor, os seis primeiros meses do ano serão certamente iguais ou melhores do que o mesmo período do ano passado", estima Bier.
 
Fonte: Jornal Zero Hora