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Inteligência emocional como instrumento de gestão financeira

Pensando Economia:

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“Dali, foi fácil virar a chave
e partir para o empreendimento”

Dirlene Silva

Economista, consultora de Gestão Estratégica
e Inteligência Financeira,
Colunista do Blog Prateleira de Mulher,
Linkedin Top Voices

Corecon-RS Nº 6597



Apaixonada pela família, pela profissão e pelo estudo como forma de alcançar o controle das emoções e o equilíbrio financeiro, a economista Dirlene Silva foca a sua linha de ação na inteligência emocional como instrumento de gestão financeira dos seus clientes, sejam empresas ou os cidadãos mais carentes da periferia das grandes cidades. “Todos têm que saber administrar seu orçamento ou a falta dele”, diz, ressaltando a necessidade de ajudar as pessoas na construção de uma relação mais saudável com suas finanças, para que conquistem maior qualidade de vida”. De família muito humilde, com a mãe empregada doméstica e, depois, gari, Dirlene teve que aproveitar a juventude para “investir” todo o salário que recebia como auxiliar contábil para pagar a faculdade dos sonhos, Economia. Foi uma caminhada de 10 anos pela graduação, já que teve que fazer o número de cadeiras da faculdade caber dentro de seus recursos. De lá pra cá, soube dividir seu tempo entre o trabalho, os cursos de especialização, o Mestrado e a filhinha Joana, com seis anos de idade. Com a pandemia, viu sua vida mudar com o desligamento da empresa em que trabalhava há uma década, e resolveu correr atrás de novos sonhos. Depois de conquistar prêmios, como o GPTW 2017, 2018 e 2019 e o LinkedIn Top Voices 2020, resolveu que era hora de fundar a DS Estratégias e Inteligência Financeira, empresa de consultoria, com o propósito de “desmistificar economia e finanças” e “ajudar as pessoas a buscarem maior qualidade de vida através de uma relação mais saudável com suas finanças”, e atuar com projetos sociais na área do empodeiramento da mulher da periferia. Dirlene Silva possui mestrado em Gestão e Negócios, MBA em Finanças Corporativas, MBA em Gestão de Pessoas e Pós-MBA em Inteligência Emocional e, ainda, formação em Mentoria Organizacional e Coach Financeiro e em Gestão da Emoção. Mas, ao participar do Projeto “Corecon-RS, como a sua profissão pode ajudar a Sociedade”, Dirlene ainda quer dar mais um passo em relação ao seu novo projeto de vida: “exercer a docência”, que é seu grande desejo.

Como iniciou o gosto pela Economia?

Iniciei, trabalhando com contabilidade, no curso técnico, onde tive uma disciplina de Economia. Eu era adolescente e já acompanhava pela televisão, lá pelos anos 80, 90, informações sobre inflação, câmbio, e sempre tive muita curiosidade em entender a complexidade daquilo. Só que a família, assim como meus amigos mais próximos, eram todos muito humildes, e não tinham condições de me esclarecer. Também na escola, já que, na nossa idade, a gurizada não estava nem aí para o noticiário. Quando eu tive essa disciplina dentro do meu curso de Contabilidade, imaginei que a Economia poderia me trazer uma profissão que eu pudesse trabalhar e me sustentar. E foi o que acabou acontecendo, e hoje sei que fui muito feliz nessa escolha. Hoje me considero uma micro economista e por isso não me considero menos economista porque tenho um amor tão forte pela economia.

Como usar a inteligência emocional como instrumento de gestão financeira?

A inteligência financeira está relacionada à inteligência emocional. Ao contrário, do que se pensa, o comportamento financeiro é mais emocional do que racional e está diretamente ligado a capacidade de conhecimento de suas capacidades financeiras, organização e disciplina. Ter inteligência financeira é ter as ações com dinheiro sob controle, ou seja, quando se adquire algo se faz pela real necessidade e sabe-se exatamente a capacidade de pagamento. Também pressupõe não ter atitude impulsiva e entender a diferença de preço baixo, preço alto e preço justo.

Por que resolveu criar a DS Estratégias e Inteligência Financeira?

Trabalhei por muito tempo como líder nas áreas de finanças e gestão estratégica de empresas. Contudo, a vontade de empreender me acompanhava. Sempre me senti incomodada com o tabu em torno de economia e finanças, que, de uma certa forma, sempre foram considerados assuntos da elite, já que muito pouco falávamos sobre dinheiro na família ou entre amigos. Nesse tempo todo de trabalho, tive a oportunidade de sentir, de fato, a necessidade de levar às pessoas uma forma mais clara de ver a gestão e a educação financeira. Há seteanos, depois que eu me formei no mestrado, comecei a trabalhar de uma forma mais estratégica, elencando a empresa como um todo e não só tão focada nas finanças, mas de uma maneira mais estratégica. Além de finanças, passei a trabalhar em risco, em recursos humanos, compras e implementei dois planejamentos estratégicos em empresas. Chegou a um ponto que eu fazia processos seletivos nas empresas e aí eu comecei a descobrir que não tinha mais vontade de trabalhar numa empresa de outra pessoa. Não encaixava mais. E ocorreu que, com a pandemia, fui desligada da empresa em que estrava trabalhando há 10 anos. Pelo momento complicado do mercado, percebi que era a hora de colocar em prática o projeto de empreender. Aí, pensei que eu conseguiria ajudar muito mais as pessoas, as empresas se eu não estiver fixa em um lugar só. E, dali, foi fácil virar a chave e partir para o empreendimento, que era o que eu realmente queria. Foi um processo planejado, demorado, mas quando eu decidi, não tive nenhum arrependimento.Portanto, acabei criando a DS Estratégias e Inteligência Financeira com o propósito de desmistificar economia e finanças, levando às pessoas uma relação mais saudável com suas próprias finanças, de forma que pudessem conquistar maior qualidade de vida no seu dia a dia.

Qual a proposta da empresa?

A DS presta serviços de consultoria, processos de Coach e Mentoriaa empresas e pessoas. Além disso, possui programas especiais de mentorias voltados para líderes e novos empreendedores. Ajudaremos os nossos clientes a facilitar o dia a dia de seus negócios e a alinhar o seu público alvo a suas estratégias, através de uma gestão mais atraente de seus negócios para que possam atingir resultados mais satisfatórios, através da cultura do planejamento e das decisões baseadas em dados. É sempre bom lembrar que a proposta é atingir as metas e resultados através de pessoas.

Quais são os seus planos para o próximo ano de Consultoria?

Consolidar mais a consultoria. Hoje estou bem cautelosa, no sentido de que entendo que é muito importante consolidar a marca através de uma estratégia. Estou trabalhando em imagem, a partir do Prêmio Linkedin Top Voices 2020, que recebi recentemente, e que acabou me gerando uma série de pedidos de entrevistas, de convites para participação em Livese em outros eventos. Por conta disso, tive que abrir mão de alguns trabalhos, já que esse é o momento de plantar, de investir, para a colheita que chegará logo ali na frente. Já possuo alguns clientes, incluindo uma média empresa, além de uma parceria em mentoria de finanças para novos empreendedores, na área de startup. Vou ficar com esses trabalhos até março, quando deverei iniciar com mais força total nos trabalhos da Consultoria.

Como você recebeu o Prêmio Top Voices 2020, do Linkedin?

Ainda nesse período de pandemia, mergulhei na plataforma do Linkedin, que, para mim, foi uma resposta salvadora, em função da multiplicação de contatos que obtive e, mesmo, a conquista do blog “Prateleira de Mulher”, que me surgiu a partir dali. Explorei ao máximo essa rede e consegui extrair tudo que foi de melhor e possível dela. E nesse ato de exploração da rede e de fomentar network, conversei com muitas pessoas que já haviam empreendido e que me perguntavam o que eu estava esperando para iniciar a minha caminhada pelo empreendedorismo. É uma característica muito pessoal minha, conversar com pessoas que já fizeram aquilo que eu gostaria de fazer. Apartir desses contatos, recebi vários convites para palestras e eventos online, que prontamente aceitava, e que acabou gerando o Prêmio, um reconhecimento aos usuários da plataforma que foram contemplados por suas ações ao longo dos últimos 12 meses.O Linkedin tem critérios para a seleção dos Top Voices, como engajamento, frequência de publicações, relevância, crescimento de seguidores, entre outros. Das 25 pessoas premiadas, eu sou a única economista.

E os PrêmiosGPTW, como aconteceram?

A sigla GPTW representa o nome Great Place toWork, ou “ótimo lugar para trabalhar”. Na verdade, o GPTW reconhece as melhores empresas para se trabalhar em âmbito nacional e é construído com base nos relatos de quem de fato pode avaliar com propriedade: os funcionários. Segundo o próprio GPTW, o seu programa de certificação permite a mensuração de uma forma prática da percepção dos funcionários em relação à empresa através da sua ferramenta online de diagnóstico do clima organizacional. É importante salientar que há o GPTW nacional e regional. As premiações que possuo são regionais, ou seja, referentesàs “Melhores Empresas para se trabalhar do Rio Grande do Sul.

De que forma acontecem os projetos sociais relacionados à inteligência financeira?

Tenho vários projetos sociais, que me contataram pra trabalhar e desenvolver, ainda muito na linha do empoderamento financeiro feminino. E faço esse trabalho junto com o blog Prateleira de Mulher, que é mais voltado ao público feminino. Desses, vou selecionar um projeto, para focar e trabalhar os pilares da consultoria.

Que tipos de projetos são esses?

Ao longo desses meses de pandemia e, em função dos contatos online, com as mais variadas pessoas, comecei a entender o que realmente as pessoas estão querendo cada vez mais. Eu entendo que as pessoas não gostam de falar de dinheiro e fui estudar o tema. O problema financeiro significa a segunda causa de divórcio hoje no Brasil, perdendo apenas para as traições. A segunda causa é questões financeiras. Basta a gente ver nos jornais os crimes que ocorrem por causa de dinheiro, com familiares brigando e se matando por causa de heranças, sócios de empresas disputando lucros, enfim. Só que tudo isso é economia, é finanças. E as pessoas não se dão conta. E foi aí que surgiu o gancho da minha proposta de desmistificar economia e finanças. O que acontece é que se as pessoas não tem uma boa relação com seu dinheiro, vão acabar levando essa má relação para o seu negócio também.

Por que adotaste o termo inteligência financeira?

Adotei o termo inteligência financeira a partir do termo inteligência emocional, que funciona a partir das emoções. Estudos demonstram que as decisões de compra são muito mais emocionais do que racionais. Então, tem tudo a ver com a inteligência. Essa questão de falar que a pessoa tem que poupar, especialmente para aqueles que mal tem dinheiro pra pagar as suas contas. Essa pessoa tem que, obrigatoriamente, usar a sua inteligência pra utilizar os poucos recursos que ela tem.Eu trabalho muito de forma customizada, de pessoa para pessoa. Primeira coisa, entender a realidade em que essa pessoa vive. Parece algo surreal, mas tem pessoas que não sabem nem qual é o seu rendimento mensal. Muitas vezes perdem o contato com sua conta corrente, não tiram extratos bancários, etc. As pessoas têm que conhecer o seu orçamento, seus rendimentos, seus gastos fixos e, depois, as despesas. Isso é essencial para uma sobrevivência saudável. A maioria das pessoas tem essa desorganização e são descontroladas financeiramente. Aí, juntando o padrão de compras, vira um desastre.

Como a inteligência financeira vê os investimentos em educação?

Eu já vi muita gente falando em 10 dicas para enriquecer em dos 30 anos, assim como, em alguns casos, lista de motivos que insinuam que não vale a pena fazer uma faculdade. E isso me preocupou bastante porque sou a prova viva de tudo o que o estudo pode fazer para uma pessoa. E, aí, comecei a bater na tecla da educação como investimento. Ou seja, se não tem dinheiro pra investir na poupança, na bolsa de valores, a educação é um investimento riquíssimo. É algo que vai transformar e ampliar os recursos financeiros das pessoas. Investir em educação agora é pensar em ser uma pessoa que vai agregar valor, tanto intelectual quanto monetário, no futuro. Então, investir em educação é uma iniciativa que vai te render retorno que pode ser inimaginável. O meu caso, que é a minha realidade, eu não poderia imaginar onde cheguei hoje sem o estudo.

Você sonha, estabelece as metas e desenvolve os planos. Algum sonho relacionado à vida acadêmica?

Sim, muito. Como diz Augusto Cury “Sem sonhos a vida não tem brilho. Sem metas os sonhos não têm alicerces e sem prioridades os sonhos não se realizam”. Quando me chamam de professora, pelo fato de eu ser economista, vejo o meu futuro. Quero muito entrar na vida acadêmica, sim. Esse é o meu grande objetivo, pra não dizer mais um sonho, que será alcançado.

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