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Estudantes da Ufrgs lotam auditório para acompanhar painel sobre "valuation"

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O Corecon-RS e a Equilíbrio Assessoria Econômica, da Universidade Federal do RS (Ufrgs), realizaram, na noite de segunda-feira, dia 29 de abril, o painel “Valuation: qual método adotar?”. Com o auditório da Auditório da Faculdade de Ciências Econômicas lotado, estudantes de diversos cursos tiveram a oportunidade de ouvir os economistas André Lenz, da CRP, e André Mombach Weber, da Controle Assessoria, Projetos e Gestão de Ativos Ltda, e o Mestre em Economia pela Ufrgs, Marco Antonio dos Santos Martins, da Marco & Marco Consultores Financeiros, discutirem o tema avaliação de empresas e o processo que envolve a busca pelo valor justo de uma empresa e o retorno de investimento em suas ações.

O presidente do Corecon-RS, economista Rogério Tolfo, agradeceu a presença dos painelistas e parabenizou o grande número de estudantes presentes, "que souberam entender a importância do tema no contexto das novas tecnologias e do novo mercado de trabalho em constante evolução".

weberAndré Weber apresentou uma análise conceitual do termo “valuation”, e explicou as diferentes metodologias a serem utilizadas para alcançar o sucesso da avaliação. Explicou a importância e o objetivo do valuation na construção do negócio que envolve as fusões e aquisições. Citou a análise dos cenários, expectativas, erros e definição de métodos como caminho para a construção do perfil de avaliação e ressaltou a importância do fluxo de caixa descontado no processo de compra e venda de empresas e negócios. Afirmou que, pela sua capacidade de geração de valor, superando, inclusive, expectativas programadas, o valuation pode ser tratado como um importante instrumento de planejamento de médio e longo prazos para uma empresa. “É um instrumento de estimativa de valor, que leva em consideração o mercado futuro do negócio, a sua capacidade de gerar riqueza, de desenvolver seu mercado e de proporcionar retorno a seu investidor”, disse. Finalizou, ressaltando a importância da certidão de regularidade expedida pelo Corecon e da participação da Entidade ao longo da atuação do profissional da Economia.

lenzO economista André Lenz anunciou que seguiria a abordagem a respeito do valuation que é empregado pela sua empresa, a CRP Participações. Apresentou o exemplo das empresas Cielo e Stone, empresas com o mesmo perfil de atuação no mercado financeiro, mas com características bem diferentes no que diz respeito a tempo de existência, receita e lucro. Enquanto a Cielo atua na bolsa de valores desde o final da década de 90 e possui uma receita anual de mais de R$ 10 bilhões e um lucro de quase R$ 4 bilhões, a sua concorrente está no mercado a pouco mais de três anos e possui uma receita anual de pouco mais de R$ 700 milhões e um lucro de R$ 305 milhões. Explicou que ambas têm o mesmo valor no mercado, mas possuem perspectivas de crescimento totalmente diferenciadas, o que acaba definindo a potencialidade de valoração em favor da empresa mais nova. “O valor do negócio nada mais é do que o que as pessoas estão dispostas a pagar por ele”, disse. Citou, ainda, casos de outras empresas conhecidas do mercado e falou sobre as metodologias de avaliação mais utilizadas pelo mercado, como fluxo de caixa descontado, múltiplos similares e retorno do investimento.

martinsMarco Antonio Martins apresentou um histórico das metodologias utilizadas em décadas passadas para a análise de valor das empresas e disse que atualmente a precificação desses ativos está ligada necessariamente à gestão de riscos. “Quando estamos investindo dinheiro numa empresa, estamos comprando expectativa de taxa de retorno associado a um determinado nível de risco”, afirmou. Explicou que na década de 50 ou 60, as empresas que estavam sendo negociadas na Bolsa de Valores de New York valiam duas, três vezes o valor patrimonial porque a contabilidade era o grande referencial de precificação das empresas. Só que, com o passar do tempo, foi-se percebendo que, para gerar caixa, as empresas passaram a ter necessidade não apenas dos ativos tangíveis, mas, principalmente, dos intangíveis, que passaram a representar um valor muito maior nas companhias.

Também acompanhou o painel o conselheiro do Corecon-RS, economista Aristóteles Galvão, responsável junto à Entidade pela organização do evento.

 

 

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