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Investimento em renda variável

Atualmente com a queda da inflação, o Comitê de Política Monetária (COPOM) está baixando a taxa Selic, que hoje figura em 6,5% ao ano. Já as taxas de juros para aplicação em renda fixa diminuíram, propiciando um retorno baixo para aqueles investidores que desejam ter uma melhor remuneração para o seu capital.

Há um ditado econômico que diz que “não existe almoço grátis”. Tal ditado aplica-se nesse caso. Se alguém está insatisfeito com a renda fixa, tem que destinar parte do seu capital para uma renda variável, como as ações, no qual o retorno pode ser bem maior, pois depende do desempenho de variáveis econômicas, tais como: crescimento do PIB, desemprego, renda, balança de pagamentos e taxa de inflação. A tendência da economia brasileira é recuperar-se gradativamente, uma vez que a inflação está controlada, as taxas de juros estão em um nível baixo, assim como o nível de produção que, apesar de ainda não ser o ideal, já mostra crescimento, favorecendo o emprego e a renda.

Assim, pode-se dizer que há uma tendência favorável para o mercado de ações, haja vista que os preços caíram e tornaram-se favoráveis para compra tomando como base um dos indicadores mais utilizados pela análise fundamentalista, o Índice de Preço/Lucro, o P/L. Este indicador alia o preço da ação com o desempenho operacional da empresa, ou seja, com o seu lucro. Em princípio, para uma boa compra, deve ser considerado empresas que estão com desempenho operacional satisfatório, possuem uma gestão corporativa sólida e estão sendo negociadas na Bolsa com um P/L abaixo da média.

Nas economias vistas como desenvolvidas, uma grande parcela do capital é direcionada para o mercado de ações, no qual observa-se que a poupança dos profissionais considerados com renda mínima é aplicada, também, em ações. Um exemplo deste modelo é a economia americana. Muitos investidores adeptos da renda fixa optam por aceitar remunerações baixas do seu capital, devido à segurança que a renda fixa proporciona. Essa proteção é proporcionada pelo Fundo Garantidor de Crédito (FGC), que foi criado para melhorar a segurança e confiança do sistema financeiro nacional. O teto do FGC é de R$ 250 mil por CPF e banco emissor.

Logo, é essencial para o investidor em renda fixa certificar-se que seu investimento está protegido pelo FGC.
Apesar dos investimentos em renda variável apresentarem um risco maior, a remuneração do seu capital também é mais favorável do que a renda fixa. O risco pode ser minimizado ao máximo escolhendo uma boa assessoria com credibilidade e conhecimento técnico.

Vejamos este exemplo de aplicação em renda variável: O investidor que comprou ações da empresa Marcopolo (POMO4) em 22/10/2015, ao preço médio de R$ 1,84 por ação, e vendeu em 17/09/2018 ao preço médio de R$ 3,53 por ação, obteve um retorno de 91,85% no período, ou seja, 25,05% ao ano ou 1,0188% ao mês. É possível citar outros exemplos, de empresas sólidas com bons desempenhos operacionais e uma gestão eficaz, que ano após ano entregam para seus investidores, a longo prazo, remunerações do seu capital muito acima do investimento em renda fixa. Pode-se concluir que no cenário econômico mundial e, principalmente, econômico brasileiro, em que a proporção de investidores em renda variável é insignificante, a tendência é o crescimento do mercado de ações, propiciando uma melhor remuneração para o capital de seus investidores.

Manoel Gil Costa Soares
Economista-Corecon/RS-6021