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Planeta Terra e os recursos naturais

O Planeta Terra, onde habita a humanidade, é, até onde se conhece, o único que oferece condições de vida e recursos naturais para mantê-la e expandi-la. A questão bastante debatida entre as lideranças mundiais, mas sem respostas é; até quando os recursos naturais existentes no planeta irão suportar o consumismo e a exploração desequilibrada, sem tempo da natureza e do planeta se refazer?

Cada vez mais, nos damos conta da escassez dos recursos naturais. Água potável, petróleo, gás Helio, abelhas e até a areia estão desaparecendo aos poucos e, certamente modificará vários aspectos da vida no planeta. Muitos estudiosos tentam calcular a carga máxima de habitantes que a terra pode suportar, mas ainda sem resposta definitiva. Alguns calculam que o planeta suportaria 13,4 bilhões de habitantes, outros estimam entre um bilhão e um trilhão de pessoas. As estimativas são baseadas na quantidade de recursos naturais ainda existentes no planeta e que já dão sinais de esgotamento, como alimentos, água, florestas numa velocidade alarmante.

É perfeitamente possível que nos próximos anos aumente o número de famintos devido à escassez de alimentos, causando a desnutrição, assim como a falta de água vai deteriorar a higiene pessoal. A pandemia surgiu como um alerta nos tempos atuais, mas a malária ainda é um problema para muitos países que não conseguem reduzir ou eliminar o mosquito transmissor em função das mudanças climáticas que favorecem a sua reprodução. A alarmante diferença entre as populações ricas em relação às pobres é outro fator que tem contribuído para a degradação ambiental. O excesso de consumo dos ricos tem produzido uma dívida ecológica financeira sem precedentes. São nesses países onde se consome a maior quantidade de combustíveis fósseis, que tem elevado o risco de doenças, principalmente nos aglomerados dos grandes centros urbanos.

A população mundial dá mostras que está mal distribuída. Tem regiões que se assemelham a verdadeiros formigueiros humanos, outras quase desabitadas. Um exemplo noticiado é que, a cada ano, um milhão de imigrantes aporta nos Estados Unidos o que preocupa as autoridades americanas sobre a maneira de acolher tanta gente com moradia, alimentação e trabalho. O Brasil ocupa, no presente, 17 habitantes por Km2, sendo, portanto candidato a receber mais pessoas, especialmente no Norte. Porém há dois obstáculos: a desigualdade social e o risco ambiental. O país tem 27% das possíveis terras agricultáveis do mundo, mas se elas forem ocupadas, será o fim da Amazônia.

Outros espaços no planeta como as áreas polares, desertos e montanhas íngremes ocupam um terço da Terra, mas são quase inabitáveis. Nas áreas geladas os gastos com energia impedem a ocupação. A Antártida, com 8,9% das terras emersas do planeta só tem quatro mil habitantes. Enquanto isso, no Sudeste Asiático e Ásia oriental se concentra o maior numero de humanos. Somadas, as populações da China, Índia, Indonésia, Bangladesh e Paquistão ocupam apenas 11% das terras emersas do planeta, mas respondem por mais de 40% da humanidade. Quase a metade dos novos habitantes do mundo nasce nessa região. O norte da África concentra a maior parte dos 125 milhões de pessoas do mundo todo que a cada ano migram para outros países. Na chamada África Negra, abaixo do deserto do Saara, o problema é a epidemia de AIDS e a recente Covid-19 que tem ceifado 15 anos da expectativa de vida nas últimas décadas. Mesmo assim o continente deve ganhar mais 1,2 bilhões de pessoas até 2050.

Tudo isso para dizer que os estoques de recursos naturais existentes no planeta podem entrar em colapso em 40 anos, afirmam os especialistas. Os atuais recursos que garantem a vida humana na terra, apesar de parecerem abundantes e infinitos, são escassos e, se usados de forma excessiva e desmedidos, irão se esgotar e extinguir mais de 75% das espécies existentes hoje no planeta, inclusive a humana.

Artigo de autoria do conselheiro do Corecon-RS e diretor da Associação Comercial de Pelotas (ACP), economista João Carlos Medeiros Madail, publicado no Diário Popular de Pelotas, edição do dia 18/01/2022.