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Mercado de capitais e a conjuntura econômica

 

jose juniorJosé Junior de Oliveira
Economista, presidente da presidente da Associação dos Analistas e Profissionais de Investimento do Mercado de Capitais – Seccional Sul (Apimec-Sul)
Corecon-RS Nº 5500

Como o mercado está vendo a conjuntura econômica, especialmente neste momento pré-eleitoral?
Eu diria que o que tem de positivo neste governo é a equipe econômica. O governo conseguiu colocar a economia, não digo nos trilhos, porque as contas públicas tem um déficit enorme e vai demorar uns três ou quatro anos para ser ajustado. Mas, pelo menos, a estabilidade voltou, o governo conseguiu controlar os gastos, a equipe econômica trouxe confiança ao mercado. Mas a retomada do crescimento é gradativa. Vimos que recentemente houve uma prévia de PIB do primeiro trimestre de 2018 negativo, que ninguém estava esperando, mas, mesmo assim, a bolsa estava subindo porque sabe que a retomada é lenta e que deve ser alcançada logo ali na frente. O problema é que este ano tem eleições e não se sabe se o candidato vencedor irá preservar a agenda econômica, com estabilidade, controle de inflação e principalmente controle do gasto público. Se tivermos um governo que não faça uma gestão fiscal responsável teremos, como consequência, um agravamento ainda maior da crise nas contas públicas.

É tudo uma questão de perfil mais liberal ou não?
É tudo uma questão de ser mais intervencionista ou menos intervencionista. E, claro, o mercado prefere um governo menos intervencionista porque já sabe que ele não é eficiente para controlar as contas públicas e fazer gestão. Então, quanto menos intervencionista, melhor.

Como vem se comportando o mercado de capitais nos últimos anos?
O mercado de capitais é muito pouco utilizado para financiar os investimentos de empresas no Brasil. Existe um caminho enorme para empresas captarem recursos de emissão de ações, de debêntures e outros títulos. A pessoa física brasileira não tem a cultura de aplicar recursos em renda variável, onde se ganha mais, mas com um risco maior. O mercado conta atualmente com a participação ativa dos investidores estrangeiros, que são responsáveis por mais de 50% dos negócios na bolsa. Só para se ter uma ideia, em 2001 se negociava em bolsa R$ 500 milhões por dia, enquanto hoje o volume diário médio passa de R$ 10 bilhões. Entretanto, o volume negociado ainda é muito concentrado em algumas empresas, já que cerca de 20 ações representam aproximadamente 60% do volume negociado. O financiamento das empresas através do mercado de capitais representava cerca de 3,2%, em média, nos últimos 5 anos, e de 1% nos primeiros 3 meses de 2018, em relação ao saldo de crédito do sistema financeiro para pessoas jurídicas. Isso demonstra que esse mercado tem muito espaço para ser utilizado no financiamento do setor produtivo.

Essa subutilização do mercado de capitais é fruto da falta de informações?
Em parte, sim. Precisamos investir em educação financeira para nosso investidor. Mas as empresas também têm receio porque o mercado de capitais exige governança, mais transparência. Têm que abrir as informações para os investidores, pois os acionistas são sócios das empresas. E, às vezes, alguns empresários não querem isso. Logicamente, é uma questão de cultura das empresas. Outro problema é a necessidade de o governo dar mais espaço para a iniciativa privada. Quando o governo acha que tem que fazer tudo, as boas empresas se retraem. Basta vermos a que ponto chegou essas negociações de governantes com empresas, empreiteiras, o que não é nada salutar para o país.

Como o mercado está vendo o comportamento do dólar nessas últimas semanas?
Na verdade, o comportamento do dólar se dá mais por fatores externos do que por fatores internos. Como os EUA vêm elevando a taxa de juros, é natural que comece a aumentar a procura pelos títulos do tesouro americano, de menor risco e com taxas mais elevadas. Com isso, começa também a aumentar a venda de títulos em países emergentes para aplicar em países de menor risco, com aumento do preço do dólar. Outro problema é a crise da Argentina, que está com dificuldades em rolar sua dívida e problemas sérios nas contas públicas, déficit público elevado, inflação alta, juros altos. Esse ambiente gera incertezas no mercado. A Argentina conseguiu recentemente um apoio do mercado financeiro para amenizar a rolagem da divida, mas é um apoio que ainda vai demorar algum tempo para se consolidar e que também não depende apenas do mercado. Internamente, o Brasil também vem numa trajetória de redução da taxa de juros e é natural um movimento de fuga de capital daqui porque os investidores buscam mercados mais atraentes e com menor risco. Em menor medida, também temos um cenário eleitoral que é incerto, o que gera certa volatilidade no mercado de câmbio.

O Brasil possui antídotos para frear essa valorização do dólar?
Se o governo brasileiro quiser intervir no mercado cambial pode utilizar as reservas internacionais, que estão em torno de U$ 380 bilhões. Em caso de necessidade ou se achar prudente, o governo pode intervir e forçar a queda da cotação do dólar em relação ao real, para reduzir a volatilidade da moeda estrangeira e acalmar o mercado. Normalmente o Banco Central vem utilizando esse instrumento em momentos pontuais.