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Produção de equipamentos de saúde expande emprego no RS

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Áurea Breitbach
Economista, Pesquisadora da FEE
Corecon-RS Nº 2489

 

 

A que se deve o aumento do emprego na produção de equipamentos de saúde no Rio Grande do Sul?
O setor produtor de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos no Rio Grande do Sul não tem uma elevada representatividade no contexto econômico global do Estado, uma vez que detém apenas 0,48 % do emprego industrial. Porém, é uma atividade produtiva que está se expandindo, tendo ampliado em quase 28% os postos de trabalho entre 2010 e 2015, segundo dados da RAIS. Acredita-se que o aumento no emprego revele uma expectativa bastante positiva para o setor, tanto no Rio Grande do Sul como no País como um todo.

O crescimento do setor tem relação com o aumento da expectativa de vida?
Sim. E com a renda também. Por um lado, temos mudanças no perfil etário da população ao longo das últimas décadas, provocadas pelo aumento da esperança de vida ao nascer. Para se ter uma ideia, a expectativa de vida, que era de 62,5 anos em 1980, passou para 75,5 anos em 2015. Como a população vive mais tempo, é natural que aumente a incidência de doenças crônico-degenerativas e, com isso, a necessidade de tratamentos e de equipamentos e materiais de apoio, nas mais diversas áreas da medicina. Por outro lado, observou-se um expressivo aumento na renda das camadas mais pobres da população, especialmente entre 2001 e 2011, o que alavancou a demanda por serviços de saúde e, consequentemente, por equipamentos para a saúde. Cabe lembrar que o SUS é um dos maiores sistemas públicos de saúde do mundo em número de beneficiários, o que representa uma demanda potencial a ser melhor explorada.

Esses resultados demonstram um cenário de recuperação da economia gaúcha ou seria apenas mais um setor que começa a se destacar?
Como foi dito antes, a produção de equipamentos de saúde tem um peso relativo muito pequeno frente ao conjunto das atividades econômicas do Rio Grande do Sul. Porém, é um setor produtivo muito importante localmente, em algumas regiões do Estado.

Em que regiões do estado esse setor tem se destacado?
A região de Pelotas é uma delas. Ali se situa uma aglomeração de empresas do setor, que, em 2015, representava 21% do emprego em equipamentos de saúde no Estado. No polo urbano Pelotas-Rio Grande, existem três universidades com inúmeros cursos relacionados às ciências da saúde, o que é um fator importante para o desenvolvimento tecnológico desse tipo de produção. Desse modo, pode-se considerar que o crescimento da produção de equipamentos de saúde contribua para estimular a atividade industrial na região. Além do município de Pelotas, tem-se muitas empresas localizadas na Região Metropolitana de Porto Alegre e arredores, que, de acordo com dados de 2015, empregavam 57% da mão de obra do setor no RS.

Que tipos de bens são produzidos pelo setor de equipamentos de saúde?
A indústria de equipamentos médicos, hospitalares e odontológicos produz bens cuja utilização está relacionada às práticas médicas, ou seja, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças. Trata-se de uma gama muito diferenciada de produtos, que passa por equipamentos de alta complexidade, como aparelhos de ressonância magnética, chegando aos materiais de uso corrente, como seringas, luvas e aventais, entre muitos outros. Cabe esclarecer, no entanto, que a indústria farmacêutica, ou de base química e biotecnológica, não faz parte da produção de equipamentos de saúde.

Que tipos de bens o Rio Grande do Sul vem produzindo?
No Rio Grande do Sul, os principais produtos da indústria de equipamentos de saúde são equipamentos eletromédicos, cadeiras para testes otoneurológicos, instrumentos e acessórios para infusão, monitor de sinais vitais, paramentação cirúrgica, aparelho para esterilização de endoscópios, cadeiras de rodas manuais e motorizadas, aparelhos auditivos retro e intrauriculares, entre outros.

Como vem se comportando a produção nacional de equipamentos de saúde?
A produção nacional tem um perfil muito diferente do Rio Grande do Sul nesse setor. Em São Paulo, por exemplo, têm-se grandes empresas produtoras de equipamentos sofisticados para diagnóstico por imagem, algumas de capital internacional, coisa que não acontece aqui no estado. Entretanto, os fatores que geram uma expectativa positiva para o setor são os mesmos, tanto para o RS como para o Brasil.

Este trabalho faz parte de uma pesquisa do Núcleo de Análise Setorial?
Sim. Trata-se de um trabalho, integrado em uma pesquisa mais ampla, produzida em co-autoria com o economista Álvaro Garcia, do Núcleo de Análise Setorial da FEE, inclusive com resultados já publicados no site http://www.fee.rs.gov.br/publicacao/aglomeracoes-e-arranjos-produtivos-locais-no-rio-grande-do-sul/. Estamos, agora, desenvolvendo e aprofundando o estudo sobre o setor de equipamentos de saúde, abrangendo o estado como um todo, e sobre suas perspectivas, incluindo elementos de comércio exterior. Essa linha de pesquisa será, muito provavelmente, interrompida, caso se realize a extinção da FEE, como deseja o Governo do Estado.