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COMUNICADO IMPORTANTE

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REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES
Formação Completa em Engenharias, Economia, Contabilidade e Administração
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A Economista de Batom


janile

Janile Soares

Economista, editora do Blog “A Economista de Batom”
Corecon/RS Nº 8336

 

Qual o objetivo do blog "A Economista de Batom"?
O objetivo do blog é ser uma ferramenta para aproximar do público assuntos como finanças, desenvolvimento pessoal e inspirações para o dia-a-dia. Tratar de assuntos relacionados a dinheiro, para muitos, pode ser considerado um tabu e ser tratado como um tema pesado. Para que as pessoas percam o medo e não achem mais que isso é "coisa de outro mundo", levamos esses assuntos de forma prática, fazendo analogia com o cotidiano, para que o público - maioria feminino - possa realizar os seus sonhos e tratar o dinheiro como um meio de atingir o bem-estar e não como um fim em si mesmo através da educação financeira e do consumo consciente.

O que falta para a mulher ter uma ação mais efetiva em mercados tradicionalmente ocupados pelos homens, como mercado financeiro, entre outros?
A presença da mulher no mercado financeiro ainda é discreta, seja como investidora ou como profissional. Como investidora, a falta de conhecimento em educação financeira e a aversão maior a riscos são fatores importantes. Outro ponto a ser considerado é o passivo histórico que a mulher tem na sociedade. Até bem pouco tempo a função social da mulher era somente cuidar da casa e dos filhos, deixando sempre para o homem o trato com contratos, cuidados financeiros e negócios em geral - e isso ainda se faz muito presente. Muitas mulheres abriam contas bancárias com o CPF do marido, já que elas não possuíam o registro de pessoa física. No campo profissional, a presença feminina tem ultrapassado a área comercial, chegando a cargos estratégicos das empresas.

A mulher ainda sofre discriminação no mercado de trabalho?
Ainda há a ideia de que as mulheres precisam mostrar mais competência que os homens para atingirem as mesmas posições profissionais. Além da discriminação quanto ao gênero, conhecidas historicamente como "o sexo mais frágil", elas ainda sofrem discriminação por conta da possibilidade de ser mãe, fazendo com que muitas vezes sejam excluídas de seleções em empresas por conta da possibilidade de tirar licença maternidade e do período de estabilidade após o parto. Em alguns setores, existe a exigência de que a mulher seja masculinizada para ter uma posição de liderança e impor respeito aos colegas de trabalho. A desigualdade salarial também está entre os maiores problemas nos mais diversos setores do mercado de trabalho, pois ainda recebem menos do que os homens para desempenhar as mesmas atividades e estão mais sujeitas a trabalhos com menor remuneração e condições mais precárias.

Como acabar com essas diferenças?
As diferenças vão além do trato com as finanças e mercado de trabalho, mas abrangem o desenvolvimento social como um todo. As disparidades salariais entre homens e mulheres vêm diminuindo a passos curtos, ainda que sejam uma barreira para o empoderamento econômico feminino e para a desigualdade social. Para acabar com as diferenças, deve-se ampliar o debate sobre a autonomia econômica das mulheres e promover a participação das empresas para que haja as mesmas oportunidades no recrutamento, seleção, treinamento, promoções e demais compromissos trabalhistas. O debate a respeito da licença paternidade também deve ser constante para que haja igualdade de oportunidades não só no mercado de trabalho, mas no desenvolvimento familiar. A ampliação de políticas públicas para mulheres é muito importante por tratar de uma visão de longo prazo, que cuide da saúde, da previdência social e acesso a serviços públicos. Segundo o relatório "Que tipo de Estado? Que tipo de Igualdade?" da CEPAL, de 2010, as mulheres ainda, além do horário de trabalho remunerado, precisam lidar com um número de horas trabalhadas não remuneradas muito superior às horas trabalhadas totais dos homens, e só através de um novo pacto social será atingida igualdade no trabalho entre homens e mulheres.

Na tua convivência profissional, acreditas que as mulheres vêm ocupando cada vez mais espaços?
As mulheres têm, sim, se empoderado e procurado entrar ou crescer no mercado de trabalho. Segundo dados da Pesquisa Nacional por Amostra em Domicílio (PNAD), realizada em 2014 pelo IBGE, as mulheres são maioria nas escolas e no ensino superior, tanto no ingresso, quanto na conclusão. E a participação no mercado de trabalho cresce a cada ano, ainda que em funções consideradas "femininas", como trabalho doméstico e área comercial. Elas possuem escolaridade maior do que os homens, mas isso ainda não é determinante para que ingressem em setores mais qualificados. As mulheres já conquistaram muitos espaços, embora ainda haja importantes desafios pela frente, como a aceitação de homens ao serem liderados por mulheres, por exemplo.

As mulheres estão se qualificando mais?
As mulheres vêm buscando mais qualificação nas mais diversas áreas. A busca por cursos de qualificação profissional cresceu muito entre as mulheres. Há o reconhecimento de que é necessário se qualificar e se especializar para competir no mercado de trabalho. Cursos de desenvolvimento pessoal, autoconhecimento e negócios são muito procurados, pois muitas mulheres estão passando por um período de descoberta do seu potencial e precisam aprender a lidar com as consequências das próprias decisões, visto que muitas são responsáveis por chefiar o lar.

Em que áreas da economia as mulheres têm se destacado mais?
Devido às barreiras ainda existentes no meio corporativo, o empreendedorismo feminino se tornou um movimento muito forte. As mulheres são a maioria entre os novos empreendedores e estão em busca de realização pessoal, seja trabalhando com o propósito de ajudar outras pessoas, seja para poder acompanhar de perto o crescimento dos filhos e ficar mais próximas da família, as razões são inúmeras. Elas estão cada vez mais ganhando espaço e impulso, através de inúmeros grupos de networking e de desenvolvimento pessoal e profissional têm criado um "ecossistema" que desenvolve produtos e serviços inclusive para suprir as necessidades das próprias mulheres.