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Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
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DESCRIÇÃO DA VAGA
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Redução do desemprego: recuperação ou sazonalidade?

Iracema Branco

 

Iracema Keila Castelo Branco
Economista, pesquisadora da Pesquisa de Emprego e Desemprego na RMPA/FEE
Corecon/RS n° 6953

 

Como estão os números do desemprego, no mês de maio, na Região Metropolitana de Porto Alegre?
Os dados da Pesquisa de Emprego e Desemprego na Região Metropolitana de Porto Alegre, para o mês de maio, constatam uma leve redução da taxa de desemprego, de 10,5% para 10,2% da população economicamente ativa. O número total de desempregados foi estimado em 195 mil pessoas, três mil a menos que o mês anterior. Na verdade, já é o segundo mês que temos essa tendência. No mês de abril, interpretamos como relativa estabilidade na taxa de desemprego porque saímos de 10,7% para 10,5%. O resultado desse mês aconteceu em função do acréscimo de 2,1% do nível ocupacional, com o aumento de 35 mil pessoas. É o segundo mês que temos também um resultado positivo no nível da ocupação, que apresentou crescimento generalizado em todas as atividades.

Pode-se dizer que o pior já passou?
Entendemos que ainda é cedo para afirmar que o pior já tenha passado. Os nossos dados históricos mostram que o segundo semestre é o melhor período, onde as taxas de desemprego geralmente reduzem e as taxas de ocupação normalmente aumentam. Porém, desde 2015, com o agravamento da situação econômica e a recessão, deu-se exatamente no segundo semestre e foi onde nós tivemos quedas muito expressivas no nível da ocupação. Então, por isso ainda temos bastante cautela para a firmar que o pior já tenha realmente passado ou que estaríamos no início de uma retomada de quedas do desemprego. Outro fator também que nos leva a ter mais cautela é que, quando analisamos a queda, o nível de ocupação de maio de 2016 em relação a maio de 2015, temos ainda uma retração do nível da ocupação de 4,8%. Essa é a maior retração do nível de ocupação para o mês de maio de toda a nossa serie histórica.

O que isso representa?
Isso quer dizer que temos quantidade de pessoas ocupadas em maio deste ano, 4,8% a menos do que no mesmo período do ano passado, sendo essa a maior retração para os meses de maio desde 1992.

Mas não é uma questão de base comparativa elevada do ano passado?
O nível ocupacional está em queda desde janeiro de 2014, média de 2% ao mês em relação ao mesmo período do ano anterior. Nos primeiros meses de 2015 observa-se certa estabilidade e até crescimento no número de ocupados em maio, junho e julho, e a partir daí, sim, com o agravamento da crise política e da recessão econômica, passamos a ter retração na ocupação de forma bem mais acentuada. Nós chegamos, em fevereiro de 2016, com retração de 8,8% no contingente de ocupados em relação a fevereiro de 2015. Temos um patamar de 4,8% em maio, mas, como falamos anteriormente, esta ainda é a maior retração para esse período. Então, ainda estamos com uma base muito negativa, o que nos alerta para termos um pouco mais de cautela.

E como estão os níveis de renda?
É outro fator que entendemos como relevante no mercado de trabalho e para a economia como um todo. Os níveis de renda continuam numa retração muito forte em termos reais, tanto o rendimento dos ocupados, que já reduziu 6,8% em um ano, como o dos assalariados, que acumulam perda de 9,8% em um ano. E quando olhamos a massa salarial real, calculada pelo salário médio real multiplicado pelo total de assalariados, percebe-se uma redução de 16,8% em abril de 2016, comparando com abril de 2015, que é muito forte. Tendo-se como base que, nosso último ciclo de crescimento da economia foi um ciclo baseado no consumo, com uma redução de renda e da massa salarial dessa magnitude, fica muito difícil imaginar que teríamos uma retomada de consumo, portanto algum estímulo à atividade econômica baseada nisso. Nesse momento, o que se pode dizer é que temos dois meses de estabilidade no desemprego e de crescimento da ocupação. Se isso vai se manter e de fato levar a uma reversão do quadro com redução da taxa de desemprego, o que seria algo muito positivo, ainda é muito cedo para afirmar.

Quais setores se destacaram nesses últimos meses?
Tivemos todos os setores com esse movimento. Comparando com abril, a indústria apresentou aumento da ocupação, com 12 mil novos empregos. Da mesma forma, serviços com 12 mil, construção com seis mil e comercio com quatro mil novos postos. Se olharmos uma perspectiva no ano, comparando maio de 2016 com o mesmo período do ano passado, percebe-se ainda uma redução do nível de ocupação em 86 mil postos de trabalho, sendo 38 mil no serviços e 29 mil na indústria. Apenas a construção teve resultado positivo de nove mil, o equivalente a 5,2%, sendo que mais da metade desse incremento são pessoas que estão trabalhando por conta própria diante da redução das oportunidades de trabalho com carteira assinada.

E a indústria de transformação tem mostrado alguma reação?
Esse último dado mostrou um crescimento de 12 mil pessoas ocupadas na indústria de transformação, representando um aumento de 4,5%. O que os dados dos últimos anos indicam é que a indústria tem sido um dos setores mais afetados com a crise, com redução do número de ocupados e a forte queda dos salários. Apesar do aumento dos ocupados em maio, ainda estamos 10,4% abaixo do contingente de trabalhadores em maio de 2015 e 16,6% abaixo do número de maio de 2014. Além disso, o salário médio real da indústria está em queda desde setembro de 2014, comparando abril de 2016 com abril de 2015, a indústria registrou redução de 14,5% e foi o setor com a maior perda salarial nesse período.

E esse comportamento observado nos dados da região metropolitana de porto alegre também se observa nos dados das outras capitais?
Das regiões da PED, a Região Metropolitana de Porto Alegre é a que apresenta a menor taxa de desemprego, seguida por Fortaleza, que é de 12,9%, a de São Paulo, de 17,6%, a do Distrito Federal, de 18,9%, e a de Salvador, que é a taxa mais elevada, de 23,7%. Tiveram alguns meses, no final do ano passado, em que perdemos para Fortaleza.