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Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
LOJAS RENNER
Inscrições internas até 15/04

DESCRIÇÃO DA VAGA
Estamos buscando uma pessoa Analista de Planejamento e Performance para compor o nosso time.

REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES
  • Formação Completa em Engenharias, Economia, Contabilidade e Administração;
  • Capacidade analítica e de resolução de problemas;
  • Capacidade de síntese e de preparação de materiais executivos;
  • Domínio de Excel e Power point;
  • Familiaridade com Power BI.
 

Economia Brasileira, o que deu errado?

LauraCarvalho 33

 

 

Laura Barbosa de Carvalho
Economista, Doutora New School for Social Research (New York), professora FEA/USP


O Brasil vinha experimentando índices ascendentes de crescimento econômico até o ano de 2010. Onde começaram as mudanças desse cenário?
A economia brasileira começou a apresentar problemas no primeiro governo Dilma, mais especificamente a partir de 2011, quando a aposta numa recuperação do investimento pela redução das taxas de juros e pela desvalorização da taxa de câmbio, além de se tornar completamente incompatível com o cenário mundial, quando as exportações em função da crise europeia começaram a cair. Naquele momento, essas iniciativas também não eram compatíveis com o cenário doméstico, que já apresentava uma desaceleração dos investimentos públicos. Ali, a estratégia de recuperação de investimentos não deu certo e, pior, pôs fim a um período que vinha bem, de expansão do mercado interno, com investimento público, com distribuição de renda, com consumo e investimento crescendo, inclusive com o investimento crescendo mais que o consumo. O que se vê a partir daí são várias tentativas de remendar esse primeiro erro, que também não deram certo, gerando, então, desonerações fiscais com deterioração das contas públicas e, mais tarde, no segundo governo Dilma, uma estratégia pior ainda de ajuste fiscal contracionista, que acaba agravando a crise.

O câmbio foi o vilão?
O câmbio tem um papel duplo. No curto prazo, ocupa uma função muito negativa porque acelera a inflação, desacelera o consumo, o crescimento dos salários no momento em que se desvaloriza, além de gerar insatisfações populares. Por outro lado, apreciar demais o câmbio também é um problema porque a indústria acaba perdendo competitividade. É interessante lembrar uma afirmativa do economista argentino Roberto Frenkel, que diz que a melhor forma de não ter que desvalorizar o câmbio é não deixar ele apreciar demais. E foi o que aconteceu nos anos 2000. Apreciou-se demais e, depois, apressou-se para corrigir a trajetória, o que acabou gerando um agravamento do problema no curto prazo, e nós ainda não esperamos para colher os frutos do longo prazo.

Quais as perspectivas do governo interino de Michel Temer?
Esse novo governo na área econômica é um grande ponto de interrogação, no sentido de que afirma que fará um ajuste fiscal muito grande, mas, na prática, o que se vê é que o ajuste fiscal maior já foi feito no último ano. O anúncio já foi de uma meta fiscal maior do que o que estava sendo feito no governo Dilma e a intenção é cortar alguns programas - que têm efeito na elevação da geração de emprego - ou, ainda, o fato de não estar na agenda, por exemplo, o aumento de impostos progressivos ou acabar com as desonerações. No resultado, o cenário fiscal não vai melhorar porque não será mais contracionista do que já era, e também não será expansionista a ponto de retomar a economia. Com isso, resta saber o quanto eles conseguirão passar dessas reformas estruturais, dado que se trata de um governo ilegítimo e que não conta com o apoio ou popularidade suficiente para fazer reformas no meio de uma crise

E, nesse contexto, a reforma da Previdência tem chances de sair do papel?
Acredito que saia, o que contrasta bastante com o caráter interino e ilegítimo desse governo.