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Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
LOJAS RENNER
Inscrições internas até 15/04

DESCRIÇÃO DA VAGA
Estamos buscando uma pessoa Analista de Planejamento e Performance para compor o nosso time.

REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES
  • Formação Completa em Engenharias, Economia, Contabilidade e Administração;
  • Capacidade analítica e de resolução de problemas;
  • Capacidade de síntese e de preparação de materiais executivos;
  • Domínio de Excel e Power point;
  • Familiaridade com Power BI.
 

Educação financeira sustentável para crianças  


Mariliane Chaves Caramão
Economista, Educadora financeira, Coordenadora do Projeto Repense
Corecon-RS Nº 8698


O que é o Projeto Repense?

É a adaptação da educação financeira a um projeto lúdico-pedagógico no nível pré-escolar. São oficinas, totalmente práticas, com atividades que constroem as bases para que a criança possa lidar com o dinheiro de forma saudável quando adulta. Ela experimenta a repercussão de planejar, economizar, poupar e realizar por meio de estímulos variados. Desenvolve um comportamento econômico que aprimora o bem-estar, melhora suas escolhas e a capacidade de adiar recompensas.

Por que é considerado um projeto de educação financeira sustentável?

O termo sustentável aqui envolve recursos monetários e naturais. O primeiro porque a estrutura financeira de “ganhar” mais do que gastar deve se prolongar no tempo. O segundo porque precisamos desenvolver um olhar de mais comprometimento com o meio ambiente, respeitando o limite dos recursos. A maneira de gerir ambos é apresentada através dos 5R’s. Eles entram como fator motivador e também de responsabilidade para comprometer com um consumo consciente. Só assim podemos pensar em desenvolvimento.

Que tipo de benefícios um projeto dessa natureza pode trazer para a sociedade como um todo? 

Educação financeira é conhecimento e conscientização sobre escolhas associadas à administração do dinheiro. Um método que vise apenas recursos monetários, vai focar sobretudo nas necessidades individuais. No entanto, se despertamos nas crianças, desde cedo, a mentalidade de interdependência, de que o individual influencia no coletivo, incentivando ações feitas propositalmente, é provável que o impacto macroeconômico seja maior, contribuindo para reduzir desigualdades.

Como iniciar a educação financeira com crianças já a partir de três anos de idade?

As fortes conexões neurais que se formam na infância são a base do desenvolvimento cognitivo. A partir da maturação da chamada função executiva, identificada pelo desenvolvimento da linguagem, as crianças estão aptas a compreender intencionalidade, comprometimento, prioridade, correlação. Então serão capazes de processar uma informação de forma significativa. No que se refere à psicologia econômica, Richard Thaler, entre outros estudiosos, explica operações mentais associadas à tomada de decisão. Dentro disso, é necessário trabalhar a capacidade emocional em tolerar sentimentos desagradáveis. Adiar a recompensa é uma habilidade necessária para concluir um planejamento, por exemplo. Então, as atividades que desenvolvem essa “musculatura” financeira são as indicadas.

 

De que forma a criança nessa idade pode exercitar a educação financeira?

Um bom exemplo seria o controle de pequenas quantias em dinheiro. Em tempos de distanciamento social, até gerenciar a carga de um eletrônico é um exercício. Tudo que envolva uma construção custo-benefício é válido. Preciso frisar, principalmente como mãe, que acredito que qualquer atividade a ser realizada deve respeitar o limite do entendimento da criança, e motivar, apresentando sugestões. No Repense, trago a economia circular, que é uma grande aposta para repensar o atual modelo de produção. Para os adultos pode ser ainda muito abstrato, mas, para crianças, é natural. 

Ainda falta muito para as escolas brasileiras terem a inclusão da educação financeira em seus currículos?  

A Base Nacional Comum Curricular (BNCC), no processo de modernização, incluiu a educação financeira como tema transversal nos currículos de todas as escolas do país. Para o ensino fundamental, o prazo para implementação seria 2020. Para o ensino médio, até 2022. Tema transversal significa alinhar com as disciplinas tradicionais. Teoricamente, é muito bom e inclusive os livros que foram elaborados são de ótima qualidade. Porém, um entrave é a falta de um programa de formação dos professores. Se o professor realmente não praticar a educação financeira, então compromete o aprendizado do estudante, em função da falta de identificação.

Qual a importância da educação financeira para as famílias?

É de importância máxima. Os pais são os principais modelos para os filhos. Família financeiramente consciente consegue maior engajamento de todos na organização do orçamento e realiza mais. Sem educação financeira, as dificuldades desse relacionamento que envolve dinheiro residem na linguagem que se usa e na importância que se atribui. É comum a preocupação em dialogar que surja em momentos críticos e desapareça com a estabilidade. Nossa cultura não favorece ao entendimento do dinheiro como um meio para se alcançar o que deseja. Então gera muitos conflitos.

Como a educação financeira contribuiria nesses momentos de crise?

A orientação para planejar, não desperdiçar e consumir adequadamente é permanente. A questão de poupar já é mais recente, mas extremamente importante. Independentemente da renda, famílias que tempos atrás identificaram um motivo para poupar, tiveram uma flexibilidade agora. E isso reflete diretamente no comportamento diante da crise. Torna-se muito complicado ter que perceber estando endividado, inadimplente. Alguma reserva de dinheiro acaba preservando a saúde tanto física quanto emocional e permitindo escolhas melhores.

Como fazer para conhecer mais sobre o Projeto Repen$e?

Atualmente, temos um perfil no Instagram, @repense_educacao_financeira. Em breve, os interessados poderão também acessar o site repensekids.com.br

O que mais sugeres às pessoas que queiram conhecer melhor a educação financeira?

É interessante a quantidade de pessoas que despertaram para a educação financeira e buscam mais conhecimento. No entanto, a falta de regulamentação, aliado ao sentido de urgência pode induzir a erros. Alguns sites oficiais possuem cursos e vídeos com orientações básicas para iniciar.
Plataforma educacional do governo federal: https://www.escolavirtual.gov.br/catalogo#inicio-listagem-cursos
Curso: Gestão de Finanças Pessoais.
Vídeos da série “Eu e meu dinheiro”:
Eu vou levar - http://youtu.be/FdTip4SdWMw
Filhos da Mama - http://youtu.be/HQ2HZdJNhm8
Escola Nacional de Defesa do Consumidor: https://www.defesadoconsumidor.gov.br/escolanacional/
Curso: Educação Financeira para Consumidores
Plataforma vida e dinheiro - vinculada à Comissão de Valores Mobiliários http://ead.vidaedinheiro.org.br/

Curso: Finanças sem segredos