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Vagas para Economistas

Analista de Planejamento e Performance III
 
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Inscrições internas até 15/04

DESCRIÇÃO DA VAGA
Estamos buscando uma pessoa Analista de Planejamento e Performance para compor o nosso time.

REQUISITOS E QUALIFICAÇÕES
  • Formação Completa em Engenharias, Economia, Contabilidade e Administração;
  • Capacidade analítica e de resolução de problemas;
  • Capacidade de síntese e de preparação de materiais executivos;
  • Domínio de Excel e Power point;
  • Familiaridade com Power BI.
 

EUAxChina, Brics e reflexos na economia brasileira

 

Gustavo Inácio de Morais

Economista, Coordenador Curso de Ciências Econômicas PUCRS
Corecon-RS Nº 7863

 

 

A guerra comercial entre EUA e China pode trazer mais benefícios ou prejuízos à economia brasileira?

Guerra comercial nunca é favorável para as economias nacionais, em longo prazo. O livre comércio sempre promove o desenvolvimento e deve ser estimulado pelos países. Contudo, no curto prazo, há alguns potenciais para a economia brasileira naquilo que será entendido como desvio de comércio. Ou seja, grandes consumidores americanos e chineses procurarão substituir seus clientes e estão abrindo espaço para produtos brasileiros. Assim, um efeito de curto prazo será positivo, mas em longo prazo a persistência da guerra comercial será prejudicial a todos os países, já que implica um mundo de maior protecionismo e menos negócios.

Que tipos de benefícios podem trazer à nossa economia?

Os benefícios para a economia brasileira poderão ser especialmente sentidos no setor de agronegócio e produtos industriais básicos em direção a clientes americanos. Para a China, os produtos do agronegócio e indústrias de equipamentos. A verdade é que se trata de uma oportunidade para os produtores brasileiros estabelecerem relações de longo prazo com clientes internacionais.

Que setores podem ser mais beneficiados e prejudicados com essa desvalorização da moeda brasileira perante o dólar?

A maior dificuldade de financiamento da economia brasileira em um contexto comercial e econômico tumultuados e a dificuldade na retomada do crescimento econômico local explicam a desvalorização do real. Percebo a desvalorização do real como uma forma de proteção comercial, visto que dificulta a importação de bens. Os maiores beneficiados, a meu juízo, não são os exportadores, mas antes os setores que têm o mercado interno como cliente. Assim, o setor de serviços e os setores industriais voltados ao mercado interno são os maiores beneficiados da desvalorização.

O Brasil tirou algum proveito comercial da última reunião com os países do Brics?

Sobre eventuais proveitos da reunião dos Brics, o primeiro que percebo é o de imagem. Afinal, o governo brasileiro foi recebido com desconfiança por vários países, especialmente os dos Brics As declarações pós eleições, refutando o investimento chinês e o alinhamento russo desde 2003 com a plataforma dos governos de Lula e Dilma demonstram a necessidade de maior diálogo com estes países. Em especial, considerando o potencial de investimentos chineses capazes de induzir uma alteração da matriz produtiva brasileira. Porém, para o momento, o ganho é sobretudo de imagem e diálogo, mas ainda não em termos de ação.

Que tipos de negócios foram consolidados entre o Brasil e os países do Brics?

Vejo dois tipos de potenciais na parceria brasileira com os países do Brics. O primeiro são os potenciais investimentos chineses capazes de financiar projetos produtivos e de infraestrutura no Brasil. O segundo, mais voltado para Rússia e Índia no que diz respeito a indústrias de defesa e tecnologia, além de ensino superior. São países com um potencial grande nessas duas indústrias, com grande repercussão na economia, moldando novas matrizes produtivas. No ensino superior também são países que possuem excelentes instituições e podem contribuir para aperfeiçoar o setor de ensino e pesquisa no Brasil

De que forma a economia do RS pode ser impactada com esses últimos acontecimentos?

A economia do RS pode se beneficiar de todos os aspectos citados. Em especial, da atração de investimentos chineses para melhoria da infraestrutura. Isso é especialmente relevante quando se vê a dificuldade para o setor público estabelecer uma fonte de financiamento permanente para esses setores. A vez agora é das parcerias com atores relevantes da Ásia para incrementar infraestrutura, mas, também, para abrir mercados. Japão, Coréia do Sul, os Brics e os países árabes, além da Alemanha pela ligação cultural com o RS, o Reino Unido, pelo interesse no Atlântico Sul, são países com capital disponível e ansiosos por parcerias.